A Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Rio de Janeiro (OAB-RJ), tomou uma importante iniciativa contra o ‘coaching’ Marcelo Bretas ao protocolar uma reclamação disciplinar na Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O objetivo é investigar as possíveis infrações cometidas pelo magistrado e suspender temporariamente seus perfis nas redes sociais. O DE tenta contato com o juiz federal para obter sua posição sobre o assunto.
O juiz federal Marcelo Bretas, conhecido por sua atuação na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, está afastado de suas funções desde fevereiro de 2023, devido a decisão do CNJ. A razão para o afastamento está relacionada ao fato de Bretas estar utilizando sua imagem para promover cursos de coaching e mentorias, atividades que não são permitidas para juízes de acordo com as normas do CNJ e da magistratura brasileira.
Na reclamação enviada ao corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, a OAB-RJ destaca a importância de que mesmo afastado, Marcelo Bretas respeite os princípios da magistratura e seus deveres profissionais. A entidade aponta que o magistrado possui uma presença notável nas redes sociais, com mais de 500 mil seguidores, onde oferece cursos de desenvolvimento pessoal e liderança por valores que chegam até R$ 2.497.
Além disso, Marcelo Bretas estaria disponibilizando conteúdos exclusivos por meio de assinatura anual e coordenando uma equipe dedicada a suas atividades no setor. A OAB-RJ ressalta no documento que o CNJ já tomou medidas semelhantes em casos anteriores, como a suspensão de um perfil de um magistrado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que também atuava como coach e foi considerado em situação irregular.
Mas quem é Marcelo Bretas, o ‘Moro carioca’, que tornou-se conhecido por determinar a prisão de figuras políticas importantes como Temer e Cabral? No entanto, atualmente afastado por desvio de conduta, Marcelo Bretas enfrenta ações disciplinares relacionadas à sua conduta fora dos padrões éticos da magistratura. A OAB-RJ busca, através da reclamação protocolada, garantir que o processo de investigação prossiga de maneira transparente e justa.
É importante frisar que o CNJ desempenha um papel fundamental na fiscalização e correção de condutas inadequadas por parte dos magistrados em todo o país. A atuação da OAB-RJ nesse caso específico demonstra o comprometimento da entidade com a ética e moralidade no exercício da advocacia e na defesa da ordem jurídica. A sociedade espera que os órgãos competentes ajam de forma imparcial e sigam rigorosamente as normas vigentes para garantir a integridade do sistema judiciário.