A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio Grande do Sul (OAB/RS), está envolvida em um processo ético-disciplinar contra um professor de Direito suspeito de cometer crimes sexuais. Conrado Paulino da Rosa, ex-funcionário da Fundação Escola Superior do Ministério Público, foi demitido após a Polícia Civil iniciar uma investigação sobre as acusações feitas por pelo menos seis mulheres. A OAB/RS anunciou a abertura do processo e a possibilidade de suspensão preventiva do advogado, caso as acusações sejam comprovadas.
O caso, que veio à tona após denúncias feitas pelas vítimas, está sendo conduzido pela Delegacia da Mulher de Porto Alegre. As mulheres relatam ter sofrido violência física, violência psicológica e abuso por parte do professor de Direito. A delegada Fernanda Campos Hablich está à frente da investigação, analisando também o poder exercido pelo acusado sobre as vítimas, o que poderia gerar medo e vergonha.
A FMP, onde Conrado Paulino da Rosa lecionava, emitiu um comunicado informando que a demissão do professor foi uma decisão administrativa e que a instituição repudia qualquer forma de violência. Paulino também se pronunciou em suas redes sociais, negando as acusações e afirmando confiar no trabalho das autoridades. Seu advogado, Paulo Fayet, garante a inexistência de fatos penalmente relevantes.
Diante da gravidade das acusações, a OAB/RS reforça seu comprometimento em combater a violência e garantir o devido processo legal. A entidade aguarda mais informações da delegacia responsável pela investigação para instruir o processo ético-disciplinar. As vítimas, representadas pela advogada Gabriela Souza, estão tomando todas as medidas judiciais cabíveis, inclusive solicitando Medidas Protetivas de Urgência.
É fundamental destacar a importância de denunciar casos de violência, seja na Delegacia da Mulher ou através da Delegacia Online, para garantir a proteção das vítimas e o combate a esse tipo de crime. A OAB/RS, as autoridades policiais e as instituições envolvidas estão comprometidas em assegurar que a justiça seja feita e que as vítimas recebam todo o suporte necessário.
A sociedade deve se unir na luta contra a violência, apoiando e encorajando as vítimas a denunciarem casos de abuso. Somente com a conscientização e a solidariedade de todos será possível criar um ambiente seguro e respeitoso para todas as pessoas. A justiça só será feita quando a violência for combatida e os direitos das vítimas forem protegidos.