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Obesidade: o mal do século

“O que vai determinar qual é a dieta certa é o momento daquele paciente, se é uma dieta que ele realmente precisa seguir. Na obesidade, o ideal é que não se entre num processo de restrição pelo menos no início”

A obesidade já é uma realidade para 18,9% dos brasileiros. Já o sobrepeso atinge 54%, ou seja, mais da metade da população. Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e foram divulgados pelo Ministério da Saúde.

A correria do dia-a-dia e o estresse constante afeta na incidência dos casos de obesidade. O consumo excessivo de comidas industrializadas e Fast Foods, além dos típicos hábitos alimentares errados, que afetam o sono, a falta de exercícios físicos pode contribuir de uma forma ruim para o aumento desse índice. “A tendência é piorar, porque estamos a cada dia mais estressados e comendo menos comida de verdade”, destaca a nutricionista Débora Sena.

A obesidade é uma inflamação, que foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença de origem crônica, por ser adquirida ao longo dos anos. “Quando gera essa inflamação nas células, ela começa a criar uma série de disfunções celulares de ordem metabólica em todo o organismo, gerando assim outras doenças, como o colesterol, o diabetes e até mesmo o início de um câncer”, explica.

Ser obeso vai depender não somente de fatores genéticos, que correspondem a 15%, mas também do estilo de vida e fatores externos. “Desde a gestação, a alimentação e os nutrientes consumidos passam para a criança, formando o seu próprio DNA”, destaca Débora.  Para saber se uma pessoa está obesa existe a maneira tradicional de cálculo que é feita pelo Índice de Massa Corpórea (IMC), onde utiliza o peso dividido pela sua altura e multiplica-se por dois, classificando assim pelo resultado gerado.  Mas, segundo a nutricionista o ideal é que se entenda o que tem dentro de determinado peso e não o que é dado pela balança em números.

A nutricionista Débora Sena ressalta a importância de se ter um estilo de vida saudável. “O paciente tem que pensar no objetivo que ele quer atingir, no caso da obesidade procurar melhorar a parte celular, porque utilizar das dietas restritivas para alcançar esse efeito não vai adiantar, já que pode haver mais restrição de nutrientes piorando a situação”, afirma.  As dietas em sua maioria não são adequadas para qualquer metabolismo. “O que vai determinar qual é a dieta certa é o momento daquele paciente, se é uma dieta que ele realmente precisa seguir. Na obesidade, o ideal é que não se entre num processo de restrição pelo menos no início”, diz.

Dicas

– Praticar atividade física;

– Reeducação alimentar;

– Se organizar para esse estilo de vida;

– Orientação médica.