Obras do Sistema Corumbá serão retomadas neste mês

As obras do Sistema Produtor Corumbá, que aguardavam parecer do Ministério Público Federal para liberação de recursos da Caixa Econômica Federal (CEF), serão retomadas em julho. A construção do complexo teve início em janeiro de 2009 e, a partir do reinício da construção, a expectativa é de que a conclusão ocorra em cerca de 18 meses.

O projeto é uma iniciativa dos Governos de Goiás e do Distrito Federal, executada por meio do Consórcio Corumbá – Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) e Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

O Sistema Produtor Corumbá vai atender, em Goiás e no Distrito Federal, cerca de 650 mil habitantes, já durante a fase inicial de implantação. Com a conclusão da primeira etapa do projeto, essa abrangência será de 1,3 milhão de pessoas e, ao finalizar a segunda etapa, o número poderá atingir aproximadamente 2,5 milhões de usuários.

A estimativa é que a vazão inicial de água produzida seja de 2.800 litros por segundo, sendo metade para ser distribuída pela Saneago e metade pela Caesb. Na execução da obra, a Saneago é responsável pela parte de captação de água no reservatório Corumbá IV, estação de bombeamento em Luziânia e 12,7 km de uma adutora e, a Caesb, pela Estação de Tratamento de Água em Valparaíso e os 15,3 km restantes da mesma adutora.

Para executar os itens de responsabilidade da Saneago, foi contratado o consórcio EMSA/CCB. O valor inicial previsto para a execução do empreendimento era de R$ 175 milhões, por parte da companhia goiana. No primeiro contrato, foram pagos R$ 46 milhões com recursos da Saneago e Ministério das Cidades, para construção de adutora e estrada de acesso.

No segundo contrato, foram pagos R$ 7 milhões, com recursos Saneago e Ministério das Cidades, para captação de água. Em relação à parte da obra já realizada, atualmente a captação está 60% concluída e, a adutora, 97%, tendo sido feita a montagem da tubulação. Estão pendentes ainda a aquisição de equipamentos eletromecânicos e a energização, o que inclui linhas de transmissão, subestação e todos os quadros de comando.

Segundo o presidente da Saneago, Jalles Fontoura, houve uma nova avaliação financeira o que resultou na redução desta fase contratual e por isso foi feito um termo aditivo para corrigir o valor de R$34 milhões para R$15 milhões.

Ele destaca que a obra é de grande relevância para a capital do país e toda a Região do Entorno Sul, porque garantirá água potável para o abastecimento dos municípios goianos de Luziânia, Novo Gama, Valparaíso de Goiás e Cidade Ocidental, além de cidades do Distrito Federal para os próximos 20 ou 30 anos.

Além disso, viabilizará a construção de futuros loteamentos, conjuntos habitacionais e novos projetos comerciais que vão impulsionar o desenvolvimento econômico dessa região.

Fonte: Goiás Agora

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp