Ocupação de leitos de UTI em Goiás chega a 101%

Nesta terça-feira, 9, a ocupação de leitos de UTI destinadas à Covid-19 ultrapassa os 101% na rede pública e privada em Goiás. Essa foi a primeira vez, desde o início da pandemia, que uma ocupação tão alta foi registrada nos hospitais do estado, indicando que a quantidade de pessoas que precisam de internação vai além da capacidade do estado.

De acordo com dados disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), 1.060 pessoas que estão infectadas com o coronavírus precisam ser encaminhados para a UTI, mas a quantidade de leitos é de 1.048.

Se forem considerados os dados da rede privada, a ocupação chega a 104%. A demanda de pacientes para os hospitais particulares é de 157 e a quantidade de leitos de UTI chega a 150.

Já a rede pública estadual conta com 97,72% de ocupação, sendo que 404 leitos estão ocupados e 10 estão disponíveis. Em Goiânia há apenas cinco leitos disponíveis: dois no Hugol, outros dois no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e um no HCamp. Os outros cinco leitos disponíveis no estado estão distribuídos em cidades da região metropolitana.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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