Oficial de Justiça pede documentos a homem e ele envia foto do órgão genital

Oficial de Justiça pede documentos a homem e ele envia foto do órgão genital

Um homem enviou a foto da parte intíma para uma oficial de Justiça de Cuiabá, em Mato Grosso, após ser questionado sobre o pagamento da pensão alimentícia que estava atrasada.

O caso ocorreu na última segunda-feira, 24, e caracteriza crime de importunação sexual, previsto no Código Penal, que pode chegar a pena de 1 a 5 anos de prisão, além de desacato a autoridade.

Um print divulgado apresenta a conversa entre o homem e a oficial de Justiça. Ela enviou uma mensagem, através do WhatsApp, com o mandado de intimação, além de aconselhar o acusado a procurar um defensor público ou um advogado para ajudar.

Em seguida, ela pediu para que ele encaminhasse uma foto do documento pessoal. Com isso, ele enviou para a oficial uma foto do próprio órgão genital.

Nota de repúdio

Em nota, o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Mato Grosso (Sindojus), Jaime Rodrigues, relatou que vai solicitar à Vara Especializada de Família de Cuiabá para que adote meditas necessárias.

“Em nome da diretoria do Sindojus e de todos os oficiais de Justiça de Mato Grosso, repudiamos veementemente esse comportamento inaceitável e esperamos que medidas legais sejam tomadas para responsabilizar o indivíduo por sua conduta inadequada”, relatou um trecho da nota.

“Diante desse lamentável episódio, qualquer forma de assédio, desrespeito ou comportamento impróprio é inaceitável e será combatida de forma veemente pelo Sindojus/MT. É crucial que todos os cidadãos compreendam a gravidade de tais atos e que sejam conscientes do respeito que devem àqueles que representam à Justiça”, informou.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos