Oficial: Romaria de Trindade será retomada com suporte de profissionais de saúde

Romaria do Divino Pai Eterno é tradição religiosa há 180 anos

Após dois anos sem a presença de público, a Romaria do Divino Pai Eterno, em Trindade, finalmente voltará a ser presencial. O atual cenário epidemiológico com queda de casos de Covid-19 e de mortes e ainda avanço da vacinação entre a população foram fundamentais para o retorno do formato tradicional da festa. A informação foi confirmada em uma coletiva realizada nesta quarta (05).

A estrutura do evento neste ano, entre 24 de junho a 3 de julho, vai contar com uma tenda de saúde para para orientar os fiéis e atender quem precise de suporte. A expectativa é de que o público seja quase o dobro daquele registrado na última edição da festa em 2019, quando alcançou a marca de 3 milhões de pessoas. O retorno deve contar com 5 milhões de peregrinos. 

“Goiás está à disposição e com toda estrutura para auxiliar o evento, seja na segurança pública, retomada ou ações sociais. Vamos focar nas ações de governo para que o cidadão se sinta respeitado e em condição de desfrutar dessa maravilha. Não é só o Estado, mas o Brasil inteiro vem para Trindade”, afirmou o governador Ronaldo Caiado.

Segundo ele, Trindade pode deixar de ter a segunda maior romaria do País para sediar a maior delas. Celebração centenária, a Romaria do Divino Pai Eterno é uma novena intercalada por diversas outras manifestações religiosas católicas, como procissões, missas e confissões. Conta com a participação fiéis chegando a pé, em comitivas a cavalo ou em procissões de carros de boi vindos do interior de Goiás, de diferentes estados brasileiros e até de outros países. De acordo com a Prefeitura da cidade, a economia local deve movimentar até R$ 50 milhões e gerar mais de 5 mil empregos diretos e indiretos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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