Dicas de cuidados com os olhos – 9 dicas da oftalmologista Ana Karina

Em outubro de 2019 a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu o primeiro relatório mundial sobre visão em que 2,2 milhões de pessoas vivem com deficiência visual ou falta de visão. Desses casos, mais de um bilhão poderiam ter sido evitados ou tratados. Esse dado é preocupante e vem para mostrar a importância dos cuidados oculares.

A oftalmologista Ana Karina Coelho Albuquerque Ferro reforça o quanto esses cuidados são necessários. “Com a correria do dia a dia, muitos acabam esquecendo de cuidar da saúde ocular. No entanto é importante reforçar que pequenas atitudes diárias podem prevenir danos à visão e muitos casos de cegueira e deficiência visual, se diagnosticados com antecedência”, explica a oftalmologista Ana Karina Coelho.

Ana Karina Coelho Albuquerque Ferro lista nove dicas essenciais para manter uma boa saúde dos olhos:

1. Realize visitas periódicas ao oftalmologista
Aqui é o famoso check-up. É preciso ir ao oftalmologista realizar consultas e exames para verificar como está a sua saúde ocular. Com toda a certeza há diferentes diagnósticos para cada paciente, então só o especialista é quem vai te informar o tempo necessário para retorno e acompanhamento do caso.

2. Use colírio apenas com indicação médica
Nada de comprar um colírio porque o amigo indicou. Qualquer alteração ocular você deve procurar um oftalmologista para ele avaliar o seu caso e fazer a prescrição correta do medicamento. O uso errado do colírio pode trazer novos problemas ou mesmo causar a cegueira.

3. Evite coçar os olhos
É hábito querer coçar os olhos, no entanto essa prática deve ser evitada ao máximo para não machucá-los e trazer graves consequências. A saúde ocular pode ser muito prejudicada quando você coça e aperta excessivamente a região.

4. Lave bem os olhos
Os olhos precisam ser bem lavados pelo menos uma vez ao dia. Os cílios e pálpebras você pode lavar com shampoo infantil. Já nos cantos oculares remova com água as impurezas e secreções secas. Mas atenção: precisa ser com movimentos leves para não machucar os olhos.

5. Evite levar as mãos aos olhos
Em tempo de coronavírus, levar as mãos aos olhos já é proibido. Mas essa é uma dica que você deve levar para sempre. As mãos, quando não estão devidamente higienizadas, são transportadoras de muitos germes, bactérias e vírus. Assim há grandes chances de você desenvolver algumas infecções oculares.

6. Evite usar excessivamente o celular, TV e computador
Agora, mais do que nunca, todos estão bem conectados tecnologicamente. Desta forma há um uso excessivo de celulares, televisão e computadores, e isso não é nada bom para a saúde ocular. Nós não sentimos muito os efeitos emitidos pela luz dos aparelhos, no entanto ela é muito prejudicial para a saúde e, por este motivo, é preciso controlar a exposição a esses equipamentos.

7. Olhos precisam de descanso
Com tantas atividades diárias, muitas vezes esquece-se de parar para cuidar dos olhos. Acredite: eles também precisam descansar. Então a dica é piscar com mais frequência para lubrificar os olhos, fazer pausas e olhar para um local distante.

8. Maquiagens
– Nada de dormir com maquiagem. Ela deve ser removida diariamente para evitar irritações ou inflamações.
– Use sempre boas maquiagens e dê preferência a produtos antialérgicos e sem conservantes. É importante também que estejam sempre dentro do prazo de validade.
– Maquiagem não deve ser compartilhada.
– Você pode não saber, mas pincéis de maquiagem são proliferadores de bactérias. Assim cuide bem deles e mantenha-os sempre limpos.
– Vai entrar na água? Retire sempre a maquiagem antes para evitar cair nos olhos.

9. Óculos de sol
O uso de óculos de sol é importante para proteger dos raios UVA e UVB que são bem nocivos à saúde ocular. No entanto é muito importante usar óculos de sol de qualidade e com a proteção adequada. Nada de sair por aí comprando óculos em camelô.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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