Sete goianos estão na lista de criminosos mais procurados pela Interpol

*Atualizado 29/06/2023 às 13h48

Oito goianos, sendo um de Goiânia, estão entre os brasileiros que aparecem na lista de criminosos mais procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol.

Os nomes foram divulgados pelo “Red Notice” (“Aviso Vermelho” ou “Divisão Vermelha”), ferramenta de cooperação policial internacional que ajuda a localizar pessoas procuradas pela Justiça para fins de extradição.

Atualmente, 96 brasileiros estão na lista da Interpol. Destes, 87 são homens. Alguns dos foragidos brasileiros não possui a especificação do estado em que nasceu. Entre 2014 e 2018, o diretório brasileiro da Interpol coordenou mais de 200 prisões de fugitivos internacionais no país.

O Aviso Vermelho não é um mandado de prisão internacional, mas lista indivíduos procurados por países membros da Interpol ou tribunal internacional. As nações participantes aplicam suas próprias leis ao decidir se devem prender uma pessoa.

Confira os nomes dos procurados:

– Wuandenberg Álvares Farias Silva, vulgo “Vandin” – 30 anos: Natural de Aruanã, é suspeito de envolvimento na morte do advogado Hans Brasiel, naquela cidade, em fevereiro de 2020. As investigações o apontam como o mandante do homicídio.

– Emílio Teixeira Campos – 53 anos: Natural de Anápolis, é procurado por lavagem de dinheiro obtido pelo tráfico de drogas. Emílio chegou a ser preso em 2009, por ser membro de uma quadrilha internacional, chefiada via celular por Leonardo Dias Mendonça, preso no Complexo Prisional de Goiás, que negociava até 4 toneladas de drogas por ano.

– Robson Cipriano Silva – 58 anos: Natural de Uruaçu, é procurado por roubo a mão armada, sequestro e cárcere privado.

– Renivaldo Figueiredo Lima – 52 anos: Natural de Campos Belos, é procurado por Estupro/Crimes sexuais contra menores.

– Rafael Araújo Guimarães – 33 anos: Natural de Goiânia é procurado tentativa de homicídio e lesão corporal grave.

– Sebastião Caixeta de Castro – 67 anos: Natural de Goiás, é procurado por invasão de residência, assalto e estupro.

– Marlon Martins dos Santos – 43 anos: Natural de Ipameri, é procurado por abuso sexual de menores.

(*Editado para corrigir informação do site da Interpol. O município de Araguaçu pertence ao estado do Tocantins)

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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