Oito mortos em acidente entre ônibus e carretas

Oito pessoas morreram em acidente de colisão frontal envolvendo um ônibus e duas carretas, às 6 horas de ontem, na BR-020, em Formosa, no Entorno do DF, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo a empresa de ônibus, 43 passageiros estavam no veículo. Mais de 30 pessoas ficaram feridas.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o ônibus seguia sentido Brasília quando a carreta carregada de adubo colidiu frontalmente com o ônibus e em seguida no guard-rail, batendo com a outra carreta, que tombou em seguida. O motorista da carreta descarregada não é habilitado para dirigir este tipo de veículo e foi encaminhado para a delegacia de Formosa, por  ter contra ele um mandado de prisão por receptação.

Uma das laterais do ônibus, onde estava parte dos ocupantes, ficou completamente destruída. Além da PRF, o Corpo de Bombeiros de Goiás foi acionado para atender a ocorrência. Os Bombeiros do Distrito Federal também ajudaram no atendimento e enviaram um helicóptero e sete ambulâncias para o local. Os feridos foram levados para unidades de saúde de Formosa, para o Hospital Regional de Sobradinho (DF) e para o Hospital de Base de Brasília.  Até o início da noite de ontem, o Corpo de Bombeiros de Goiás não tinha a identificação dos oito mortos.

O acidente ocorreu no quilômetro 45 da rodovia, no entorno do Distrito Federal, entre os povoados de Bezerra e JK, com o ônibus da empresa Expresso Guanabara saiu de Cajazeiras (PB) com destino a Goiânia. Os veículos foram retirados da pista no final da tarde, por um guincho providenciado pela seguradora do caminhão e pela empresa de ônibus. Acredita-se que o motorista do ônibus dormiu ao volante, apesar da empresa dizer que antes da viagem, o motorista teve um descanso de 20 horas. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil em Formosa.

A pista foi lavada e liberada no final da tarde. Durante todo o dia o congestionamento no local ultrapassou 5 quilômetros e o fluxo de veículos foi orientado pela PRF, que deu opções de desvios aos usuários da BR-020.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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