Olho na Bomba: 72% de postos cadastrados a uma semana do fim do prazo

Os dados extraídos do sistema revelam que, dos 1.795 postos de combustíveis existentes em Goiás, 1.283 já fizeram o cadastramento no Olho na Bomba

Cerca de 72% dos postos de combustíveis do Estado registrados em 23 dias de cadastramento obrigatório, esse é o balanço feito nesta terça-feira (31), pela equipe do Centro de Apoio Operacional (CAO) do Consumidor e Terceiro Setor do Ministério Público de Goiás sobre o andamento do procedimento de cadastro obrigatório dos estabelecimentos goianos no Sistema Olho na Bomba. Os dados extraídos do sistema revelam que, dos 1.795 postos de combustíveis existentes em Goiás, 1.283 já fizeram o cadastramento no Olho na Bomba, em cumprimento à determinação legal, o que corresponde a 72,98% dos estabelecimentos existentes. O prazo final para esse cadastro vencerá na próxima semana, no dia 8 de agosto.

A equipe do CAO ressalta que a validação do registro e da documentação obrigatória também está sendo feita de forma dinâmica, na medida em que o material chega. Assim, dos 1.283 postos já cadastrados, 928 já tiveram a documentação validada pelo Ministério Público (MP-GO), um índice de 70,83% deste total. Os não validados são 135, tendo isso ocorrido em razão do não cumprimento de requisitos, como o não reconhecimento de firma por autenticidade, o preenchimento incorreto do formulário, entre outros. Como ainda há cerca de 28% de postos que ainda não se cadastraram, o MP reforça o alerta de que o prazo final para o cadastro vencerá na próxima semana, no dia 8 de agosto. No dia seguinte, 9 de agosto, começa a valer a obrigatoriedade dos postos de informar ao MP o preço do litro de combustível, conforme definido na Lei Estadual nº 19.888/2017.

Cadastro

O cadastro dos postos deverá ser feito na plataforma criada para o Sistema Olho na Bomba, acessada pelo site do MP. As informações exigidas estão disponíveis de forma intuitiva nas telas do sistema. Ao final do cadastramento, os postos deverão imprimir um termo de declaração de veracidade das informações prestadas e dos documentos apresentados e de ciência das condições de acesso. Esse documento deverá ser assinado, com reconhecimento de firma por autenticidade, e entregue na sede do MP em Goiânia ou enviado por carta registrada (AR) ao órgão, no endereço do Jardim Goiás, na capital.

O projeto Olho na Bomba visa entregar, como produto final à população goiana, um aplicativo para dispositivos móveis que permita ao consumidor ter acesso, em tempo real, aos preços dos combustíveis dos estabelecimentos instalados na rota que ele utiliza para seu deslocamento, seja na cidade ou em um trajeto de viagem dentro do Estado de Goiás. As funcionalidades incluem a busca e indicação do melhor preço, a inserção de favoritos, a pesquisa de preços num roteiro de viagem, bem como a realização de denúncia de irregularidades. Todo o projeto está sendo desenvolvido pelo MP-GO em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). As informações compiladas a partir do aplicativo também vão permitir a construção de um banco de dados que contribuirá de forma significativa para o monitoramento do mercado de combustíveis, favorecendo a atuação dos órgãos de proteção ao consumidor no combate ao alinhamento de preços e reajustes abusivos.

*  Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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