Integrante da base aliada do governo federal, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) classificou como “arbitrária e ilegal” a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias.
O senador governista afirmou que a atitude do presidente é “ato clássico de abuso de autoridade”. “Aqueles que deveriam dar exemplo no trato dão mau exemplo. A CPI estava funcionando no momento que não podia funcionar, de maneira arbitrária e sem fundamento legal”, completou.
Aziz pediu a prisão do depoente por perjúrio e falso testemunho. O presidente defendeu a medida para que “a CPI não vire chacota”.
“Nós temos 527 mil mortos e os caras brincando de negociar vacina. Ele está preso por mentir, por perjúrio. E se eu estiver cometendo algum abuso de autoridade, que a advogada dele me processe. Todo depoente que vier na CPI achando que poderá brincar terá o mesmo destino dele. Nós estamos aqui pelo Brasil”, afirmou.
Em entrevista á coletiva de imprensa no final da tarde desta quarta-feira (7), o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, e o senador Humberto Costa demonstraram solidariedade à decisão de Omar Aziz.
Randolfe afirmou que houve uma tentativa de negociação com a advogada de Roberto Dias, para que o depoente trouxesse mais dados e informações sobre a compra da Covaxin, mas “infelizmente a prisão foi necessária”, disse o vice-presidente.
Durante o depoimento, Roberto Dias negou participação no esquema de nogociação de vacinas estrangeiras e disse que o órgão responsável por esse levantamento é a Secretaria Executiva, comandada na época por Élcio Franco Filho.
O depoente afirmou ainda que existem terceiros interessados na denùncia de corrupção e apontou sua desconfiança ao deputado federal Luis Miranda.