OMS cria comitê independente de avaliação sobre gestão da pandemia

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta quinta-feira, 9, a criação de um grupo independente de especialistas, cujo mandato será elaborado em consulta com os Estados-membros. “Estou orgulhoso de anunciar que a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark e a ex-presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf, aceitaram presidir conjuntamente o comitê de avaliação (…) sobre a preparação e a resposta às pandemias”, anunciou o diretor-geral da OMS, a diplomatas dos Estados-membros.

“A primeira-ministra Clark e a presidente Sirleaf foram selecionadas por meio de um processo de ampla consulta com Estados Membros e especialistas mundiais. Não consigo enxergar outros líderes com mentes fortes e independentes para ajudar a nos guiar nesse processo crítico de aprendizado”, disse Tedros em seu discurso.

Na 73ª Assembleia Mundial da Saúde, que ocorreu em maio deste anos, os Estados Membros adotaram uma resolução histórica que pedia à OMS que iniciasse uma avaliação independente e abrangente das lições aprendidas com a resposta internacional à COVID-19. Mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo foram infectadas com o novo coronavírus, que matou mais de 550.000 pessoas em seis meses.

“Este é um momento de autorreflexão, de olhar para o mundo em que vivemos e encontrar maneiras de fortalecer nossa colaboração enquanto trabalhamos juntos para salvar vidas e controlar essa pandemia”, enfatizou Tedros. “A magnitude dessa pandemia, que afetou praticamente todo o mundo, merece claramente uma avaliação proporcional”.

Tedros propôs que uma Sessão Especial do Conselho Executivo fosse convocada em setembro para discutir o progresso do painel. Em novembro, este painel apresentará um relatório intermediário na retomada da Assembleia Mundial da Saúde.

Em janeiro de 2021, o Conselho Executivo realizará sua temporada ordinária de sessões, onde o trabalho do Painel será discutido mais detalhadamente; e em maio do próximo ano, na Assembleia Mundial da Saúde, o painel apresentará seu relatório permanente. O diretor-geral observou que o Comitê Consultivo e de Supervisão Independente para o Programa de Emergências em Saúde da OMS também continuará seu trabalho existente.

“Enquanto lutamos contra essa pandemia, precisamos nos preparar para futuros surtos globais e muitos outros desafios de nosso tempo, como a resistência antimicrobiana, a desigualdade e a crise climática”, constatou Tedros. “A COVID-19 nos tirou muitas coisas. Mas também está nos dando a oportunidade de romper com o passado e reconstruir tudo melhor.”

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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