OMS lança campanha para incentivar fumantes a abandonar o hábito

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta terça-feira, 8, uma campanha que vai desafiar 100 milhões de pessoas em todo o mundo a tentar parar de fumar. A ação vai durar um ano e conta com a ajuda das redes sociais.

A campanha é centrada especialmente em países que mantêm elevado número de fumantes, como Estados Unidos, México, China, Brasil e Alemanha. O objetivo é promover a criação, em redes sociais, de comunidades que estão abandonando o hábito de fumar, para que se apoiem mutuamente nesse desafio e partilhem informações.

Outro objetivo é aumentar o acesso a serviços de apoio e “conscientizar sobre as táticas usadas pelas empresas de cigarros”, disse a OMS em comunicado. A campanha conta com a participação do WhatsApp e várias multinacionais, como o Google, Amazon, Facebook e Johnson & Johnson.

No mundo, cerca de 780 milhões de pessoas afirmam que querem deixar de fumar, mas apenas 30% delas têm acesso às ferramentas que podem ajudá-las a atingir esse objetivo, acrescenta a OMS, que espera, com a campanha, aumentar a disponibilidade dessas ferramentas.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp