OMS volta a alertar para aumento de falsificações do Ozempic

OMS volta a alertar para aumento de falsificações do Ozempic

A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a alertar para o aumento de falsificações de medicamentos indicados para o tratamento do diabetes tipo 2 e utilizados também para a perda de peso, como a semaglutida. A substância é o princípio ativo do Ozempic, caneta de aplicação subcutânea para controle do apetite.

O alerta engloba três lotes falsificados do Ozempic identificados no Brasil, no Reino Unido e na Irlanda do Norte em outubro de 2023 e nos Estados Unidos em dezembro de 2023. “O Sistema Global de Vigilância e Monitorização da OMS tem observado aumento de relatórios sobre produtos falsificados de semaglutida em todas as regiões geográficas desde 2022.”

“A OMS tem observado um aumento da procura desses medicamentos, bem como de relatos de falsificação. Esses produtos falsificados podem ter efeitos nocivos para a saúde das pessoas. Se não tiverem as matérias-primas necessárias, medicamentos falsificados podem levar a complicações de saúde resultantes de níveis de glicose no sangue e peso não controlados.”

“Em outros casos, algum ingrediente ativo não declarado pode estar contido no dispositivo de injeção, levando a uma gama imprevisível de riscos ou complicações para a saúde”, completou a entidade.

Precaução

Para se protegerem de medicamentos falsificados e de seus efeitos nocivos, pacientes que utilizam esse tipo de medicação, segundo a OMS, devem tomar medidas como comprar o produto com receita médica de profissionais licenciados e evitar fontes desconhecidas ou não verificadas, como as que podem ser encontradas online.

“As pessoas devem sempre verificar a embalagem e o prazo de validade dos medicamentos no momento da compra e utilizá-los conforme prescrito. No caso de semaglutidas injetáveis, os pacientes devem garantir seu armazenamento na geladeira”.  Notificações sobre medicamentos falsificados podem ser enviadas à OMS pelo e-mail [email protected].

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp