Onça bebê será transferida com a mãe para reintegração com a natureza

A oncinha Apoena deve se mudar em dois meses para um recinto especial dentro do Instituto Nex, em Corumbá de Goiás. O animal está na instituição com a mãe, que está em tratamento desde quando se queimou em um incêndio na região do Pantanal, em agosto de 2020. O novo endereço será dentro do próprio recanto.

 

A mãe, Amanaci, de 6 anos, vai acompanhar Apoena, de dois meses, no processo de reinserção na natureza. Eles ficarão isolados por dois anos em um local com 800 metros quadrados até seguirem para uma segunda fase de treinamento no Pantanal.

 

“Amanaci teve queimaduras de terceiro e quarto graus nas quatro patas. Sobreviveu, mas perdeu a habilidade de expor e retrair as garras, o que a impede de caçar e se defender”, afirma a coordenadora de projetos do Nex, Daniela Gianni. A ideia dos cuidadores é ensinar Apoena a pescar, a escalar, a se esconder.

O acidente com Amaci ocorreu quando ela tentava fugir do fogo. Ela foi resgatada e levada para um centro de cuidados da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e trazida para Goiás em seguida para começar um tratamento com células-tronco.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp