Onça capturada após morte de caseiro viverá em Amparo: entenda decisão do veterinário

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Onça capturada após morte de caseiro ‘perdeu medo de humanos’ e viverá em cativeiro, diz veterinário

Saiba como animal capturado no Pantanal foi transferido para Amparo, na região de Campinas.

Conheça instituto de Amparo que tem espaço dedicado à proteção animal na região [https://s04.video.glbimg.com/x240/13623531.jpg]

Conheça instituto de Amparo que tem espaço dedicado à proteção animal na região

A onça-pintada que foi capturada após a morte de um caseiro de 60 anos em Aquidauana (MS) [https://de.de/de/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/04/21/caseio-morre-atacado-por-onca-em-fazenda-no-pantanal-video-mostra-rastro-de-perseguicao.ghtml], no fim de abril, passará o resto da vida em cativeiro porque perdeu o medo de humanos, explicou o veterinário do Instituto Ampara Animal, de Amparo (SP) [https://de.de/sp/campinas-regiao/cidade/amparo-sp/].

A unidade de conservação recebeu o animal há uma semana. [https://de.de/sp/campinas-regiao/noticia/2025/05/21/instituto-de-amparo-recebe-onca-pintada-que-teria-atacado-caseiro-no-pantanal.ghtml]

“Embora tenha sido atípico, a gente não faça parte da cadeia alimentar da onça-pintada, ele é um individuo que não tem medo, não tem mais aquele respeito de chegar [uma pessoa] e ele sair”, diz o médico-veterinário Jorge Salomão.

O macho, que tem entre 8 e 9 anos, passa o dia todo na nova toca, já que está em fase de adaptação no novo recinto em Amparo.

> “Por segurança também das pessoas da região em si, foi decidido, pelos órgãos competentes, retirá-lo da vida livre e manter em cativeiro,” detalhou o veterinário, que é especialista em grandes felinos.

Onça-pintada que atacou homem no Pantanal é transferida para mantenedora em Amparo (SP) — Foto: Acervo Instituto Ampara Animal

Onça-pintada que atacou homem no Pantanal é transferida para mantenedora em Amparo (SP) — Foto: Acervo Instituto Ampara Animal

O animal que chegou ao instituto no interior paulista na quinta-feira (15) e foi incluído no Programa Nacional de Conservação de Onças Pintadas. Desde que foi capturado, ainda no Pantanal sul-mato-grossense, ele já ganhou 13 quilos.

A suspeita é que o animal seja o mesmo que atacou e matou o caseiro [https://de.de/de/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/04/21/caseio-morre-atacado-por-onca-em-fazenda-no-pantanal-video-mostra-rastro-de-perseguicao.ghtml]Jorge Avalo, de 60 anos.

O felino foi capturado dias após o ataque e estava com desidratação, alterações hepáticas, renais e gastrointestinais, além de estar abaixo do peso considerado normal — deveria pesar em torno de 120kg, mas tinha 94kg.

A onça estava internada no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) de Campo Grande (MS) [https://de.de/de/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/05/16/onca-pintada-capturada-apos-ataque-de-caseiro-no-pantanal-e-transferida-para-instituto-em-sao-paulo.ghtml]antes de ser encaminhada para Amparo.

O Instituto Ampara Animal possui outras oito onças, cinco pintadas e três pardas. O local abriga, ainda, animais silvestres que não podem ser soltos por serem vítimas de interferência humana ou por outras razões que os impeçam de voltar à natureza.

Onça foi transferida do Cras de Campo Grande para instituto em São Paulo — Foto: Governo de MS

Onça foi transferida do Cras de Campo Grande para instituto em São Paulo — Foto: Governo de MS

O caseiro Jorge Avalo morreu após ser atacado por uma onça-pintada às margens do rio Miranda, no Pantanal de Aquidauana [https://de.de/de/cidade/aquidauana/], em 21 de abril.

O homem trabalhava no local havia 16 anos e já estava acostumado com a presença de onças na região.

A Polícia Militar Ambiental (PMA) encontrou pegadas do felino junto a pedaços do corpo do homem, que trabalhava como caseiro em um pesqueiro.

Outras partes do cadáver foram encontradas em uma toca do felino, em uma área de mata fechada, a cerca de 300 metros de onde a vítima foi atacada.

No corpo da vítima foram encontrados sinais que indicam mordidas e unhas de animal. Laudo necroscópico, elaborado pelo Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana, concluiu que o caseiro morreu devido a uma mordida de onça-pintada na cabeça.

Equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) capturaram a onça em 24 de abril, que estava rondando o pesqueiro. As buscas pelo animal foram determinadas pelo governo de Mato Grosso do Sul.

Apesar da captura, não há confirmação de que a onça é a mesma que atacou o caseiro.

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