Onça que devorou caseiro chega ao Instituto de Fauna em SP: Irapuã, o resgate

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Onça que devorou caseiro chega a instituto mantenedor de animais em São Paulo

Um macho de idade estimada de 9 anos estava sob cuidados veterinários no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A onça-pintada que devorou e matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, chegou a um instituto mantenedor de fauna silvestre na cidade de Amparo, no interior de São Paulo.

O animal, um macho de idade estimada de 9 anos, estava sob cuidados veterinários no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A transferência foi solicitada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP) com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC) do Mato Grosso do Sul.

“Estamos falando de um animal com comportamento habituado à presença humana, ou seja, ele perdeu parte de seus instintos naturais de fuga, o que torna sua reintegração à natureza mais complexa e perigosa, tanto para ele quanto para as pessoas”, afirma o médico-veterinário Jorge Salomão, responsável técnico pelo mantenedor de fauna do Instituto Ampara Animal.

A onça foi batizado de Irapuã, que em tupi-guarani representa agilidade e força.

O médico completou e disse que, durante o transporte, a onça se manteve estável e chegou bem. “Ela já está recebendo todos os cuidados necessários para esse momento delicado de adaptação”.

O Instituto Ampara Animal informou que a onça chegou com diversas cicatrizes e que ganhou 13 kg durante sua estadia no CRAS-MS. Nos recintos em São Paulo, o animal contará com ampliação da área aquática e terá como foco sua recuperação física e emocional.

Oito onças, cinco onças-pintadas e três onças-pardas já recebem cuidados no mantenedor. Cada uma delas recebe atenção individual com cuidados especializados.

RELEMBRE O CASO

O caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, foi atacado e morto por uma onça-pintada na região de mata de Touro Morto (MS), a cerca de 230 km de Campo Grande. Ele foi morto na segunda-feira (21) e seu corpo foi localizado no dia seguinte. Jorge foi atacado enquanto tentava coletar mel em um deck próximo da mata. Moradores da região relatam que o ataque foi repentino e que um homem que localizou a vítima encontrou marcas de sangue e vestígios da presença do animal.

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