Diversas agências das Nações Unidas anunciaram, neste 28 de setembro, Dia Mundial de Combate à Raiva, a “maior iniciativa global” já realizada contra a doença. A parceria “Unidos Contra a Raiva” envolve a Organização Mundial da Saúde (OMS); a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE); a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO); e a Aliança Global para o Controle da Raiva (Garc). A informação é da ONU News.
A meta da estratégia é acabar com as mortes de seres humanos por causa da raiva canina até 2030.
Os cães são a principal fonte das mortes de pessoas pela doença, por contribuírem para 99% das transmissões. A OMS acredita que é possível eliminar a raiva vacinando os cães e prevenindo as mordidas pelos animais.
O foco do programa é abordar a doença “como um todo, envolvendo vários setores”, com destaque para o papel dos serviços veterinários, de saúde e da educação na prevenção e no controlo da raiva. De acordo com a OMS, a doença viral ocorre em mais de 150 países e territórios, sendo geralmente fatal quando os sintomas aparecem. A raiva é 100% evitável, destaca a agência da ONU.
“Doença da pobreza”
Ásia e África são as regiões que registram dezenas de milhares de mortes por ano devido à infecção. Pelo menos 40% das vítimas de mordidas dos animais com raiva são crianças menores de 15 anos.
Uma das medidas mais eficazes para salvar vidas é uma lavagem imediata e cuidadosa com água e sabão da parte do corpo mordida por um animal suspeito de ter a doença.
A raiva é considerada uma “doença da pobreza” e negligenciada, porque afeta os mais pobres do mundo que “não podem pagar pelo tratamento ou pelo transporte para receber cuidados”.
A médica Bernadette Abela-Ridder, participante da nova parceria, disse que o plano visa apoiar os países a desenvolver planos nacionais e fornece ferramentas inovadoras de capacitação e educação em redes regionais de raiva.
Ela aponta as vacinas como “componente essencial do plano global” e um impulso para programas nacionais, daí a iniciativa fornece liderança e defende que haja “recursos para atingir zero mortes pela raiva humana em 2030”. A iniciativa defende que o mundo tem conhecimento, tecnologia e vacinas necessários para eliminar a raiva.
Fonte: Agência Brasil