ONU denuncia ataques de Israel a hospitais em Gaza e alerta sobre colapso do sistema de saúde

A Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou as alegações de Israel de que hospitais em Gaza estão sendo usados como bases de grupos extremistas locais. De acordo com um relatório recente da ONU, os ataques de Israel contra hospitais na Faixa de Gaza levaram o sistema de saúde local “à beira do colapso total”. O relatório foi publicado pelo gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU (ACNUDH).

O documento aponta que Israel realizou cerca de 136 ataques em 39 instalações médicas em Gaza, resultando na morte de profissionais de saúde e civis, além de causar danos às estruturas locais. Esses ataques ocorreram entre outubro de 2023 e junho de 2024. O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, enfatizou a importância de proteger hospitais durante os conflitos e destacou a necessidade de respeitar essa proteção.

Os constantes bombardeios contra instalações médicas em Gaza, protegidas pelo direito internacional humanitário, levaram o sistema de saúde local a enfrentar uma situação crítica, beirando o colapso total. Israel justifica os ataques aos hospitais alegando visar membros do Hamas e outras organizações extremistas na região. No entanto, a ONU contesta essa narrativa, acusando o governo de não apresentar provas suficientes para sustentar tais alegações.

Recentemente, a última operação contra uma instalação médica em Gaza ocorreu no hospital Kamal Adwan, o último hospital em funcionamento na região norte. Durante a ação, o hospital foi evacuado e alguns profissionais de saúde foram detidos, incluindo o diretor do centro médico. As Forças de Defesa de Israel (FDI) acusaram o diretor de ser um agente do Hamas, porém sem apresentar provas concretas.

A ONU ressalta a importância de verificar as alegações de uso indevido de hospitais para fins militares pelos grupos armados palestinos e destaca a gravidade dessa conduta, que pode configurar um crime de guerra. É fundamental proteger as instalações médicas durante os conflitos e garantir a segurança dos profissionais de saúde e pacientes. A comunidade internacional acompanha de perto a situação em Gaza e busca soluções para promover a paz e a segurança na região.

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Laudo confirma pesticida em comida que matou dois no Piauí: Investigação em andamento

Laudo revela presença de pesticida em comida que matou dois no Piauí

Nove pessoas da mesma família ficaram intoxicadas após a ingestão de uma refeição na última terça-feira (31/12)

Um laudo que faz parte da investigação da morte de um adolescente e um bebê, em Parnaíba, litoral do DE confirmou que havia um pesticida no arroz que as vítimas ingeriram na última terça-feira (31/12). O laudo foi obtido pelo programa Fantástico.

Os membros da família começaram a passar mal na última quarta-feira (1º/1). A primeira vítima foi o adolescente de 17 anos que morreu a caminho da unidade de saúde. Os familiares, ao todo nove, foram socorridos e levados ao Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda).

O laudo que faz parte da investigação revelou a presença de uma substância altamente tóxica presente em pesticidas e agrotóxicos.

> “Qualquer quantidade já faz mal, qualquer uma. Ela afeta a transmissão dos estímulos nervosos em todo o corpo. Dando crise convulsiva, falta de ar, dores cólicas abdominais, inclusive afeta o coração também”, afirmou ao Fantástico o perito-geral do Departamento de Polícia Científica do DE, Antônio Nunes Pereira.

Embora tenha sido internado e recebido atendimento médico, o bebê de 1 ano e 8 meses também não resistiu e foi a segunda vítima. A morte foi confirmada na quinta-feira (2/1) pela Polícia Civil. Os outros sete familiares também foram hospitalizados por causa da intoxicação.

“O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) lamenta profundamente o falecimento de I.D.S., de apenas 1 ano e 8 meses, que deu entrada sob os cuidados do hospital nesta quarta-feira (1º/1). Expressamos nossas mais sinceras condolências à família neste momento de imensa dor”, escreveu o hospital em um comunicado.

O envenenamento é investigado pela Polícia Civil. Até o momento não houve a divulgação de suspeitos do envenenamento. A participação de algum integrante da família não é descartada.

“Alguém colocou a substância no arroz no dia primeiro. A gente entende que houve uma intenção de colocar essa substância na comida deles e a gente vai partir pra uma investigação de homicídio, descartando morte natural ou acidental”, afirmou o delegado Abimael Silva.

TRISTEZA

Maria dos Aflitos, mãe do bebê que morreu afirmou não acreditar que alguém da família participou do crime. Ela disse sentir muito a falta dos familiares.

“Cedo estava todo mundo aqui no fundo para tomar café. Hoje acordei, não escutei brulho de ninguém, só silêncio. (…) Não é fácil perder uma família quase toda”, afirmou Maria.

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A Polícia Civil também informou que o adolescente morto era parente de dois meninos de 7 e 8 anos, que morreram envenenados em 2024. Eles haviam comido cajus com veneno. O bebê que morreu é irmão dos dois meninos que morreram.

VEJA A LISTA DAS VÍTIMAS

Segundo a Polícia Civil do Piauí, as vítimas são:

Adolescente de 17 anos;
As duas irmãs do adolescente;
O padrasto do adolescente;
Uma mulher e seu filho, que moravam na casa;
Três crianças, filhas das irmãs do adolescente.

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