O Iêmen tem o caso mais preocupante em que 60% dos habitantes, cerca de 17 milhões de pessoas sofrem fome severa, seguido do Sudão do Sul, com 45% da população, 4,8 milhões, em situação semelhante
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) informaram nesta segunda-feira (29), a insegurança alimentar em países que sofrem com conflitos contínuos fazendo com que a ajuda humanitária seja de “extrema importância”. Oito países têm um quarto ou mais da sua população passando fome em situação de emergência, revelou o último relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que foi elaborado por duas agências da organização.
No relatório foi identificado 16 países com sérios problemas de alimentação, dos quais oito enfrentam crise ou emergências que afetam um quarto ou mais da população. O Iêmen tem o caso mais preocupante em que 60% dos habitantes, cerca de 17 milhões de pessoas sofrem fome severa, seguido do Sudão do Sul, com 45% da população, 4,8 milhões, em situação semelhante. Além disso, a guerra na Síria fez com que 33% da população do país sofra com altos níveis de insegurança alimentar ou seja, 6,5 milhões de pessoas, a mesma porcentagem do Líbano, com 1,9 milhões devido ao grande número de refugiados que lá se encontram.
Três de cada dez pessoas sofrem com níveis críticos de fome na República Centro-Africana cerca de 1,1 milhões de pessoas, na Ucrânia a porcentagem é de 26 % que corresponde a 1,2 milhões e 25% tanto no Afeganistão com 7,6 milhões quanto na Somália com 3,1 milhões. Em relação as crises que receberam mais atenção em outras partes da África, o comunicado mostra que a “preocupação” pela rápida deterioração vista na República Democrática do Congo, onde calcula-se que a crise alimentar pode afetar 7,7 milhões de habitantes cerca de 11% da população.