Operação Abraccio: Quadrilha que forçava vítimas à automutilação é presa – Saiba mais sobre o caso chocante de exploração e violência.

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A polícia prendeu uma quadrilha cruel que se dedicava a compartilhar imagens íntimas de menores e forçava suas vítimas à automutilação. O grupo utilizava aplicativos de namoro e outros meios virtuais para estabelecer confiança com as jovens, persuadindo-as a enviar fotos comprometedoras. Uma vez que as mulheres cediam às exigências, os membros da quadrilha passavam a ameaçá-las com a divulgação das imagens, causando terror e humilhação.

A Operação Abraccio resultou na prisão de cinco homens e na apreensão de mais de 200 mil arquivos contendo fotos e vídeos de meninas e mulheres em situações degradantes em diversos estados brasileiros. Algumas conversas divulgadas mostram o nível de crueldade dos criminosos, que chegavam a ameaçar vazar as imagens para a mãe das vítimas, causando um enorme sofrimento psicológico e emocional.

O Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher revelou que as vítimas eram coagidas a se mutilar, escrevendo os nomes dos agressores em seus corpos, como uma forma de evitar a divulgação das fotos. Os criminosos impunham desafios que envolviam diversos tipos de violência, incluindo práticas misóginas, racistas e humilhantes, colocando as jovens em situações de extremo sofrimento.

Os policiais cumpriram cinco mandados de prisão, sendo que um dos suspeitos ainda está foragido. Os presos são Victor Bruno Tavares de Oliveira, Gustavo Barbosa da Silva, Gustavo Oliveira Viana, João Vitor Franca de Souza, e Pedro Henrique da Silva Lourenço, este último militar da Aeronáutica. As imagens apreendidas foram descritas pela delegada Gabriela von Beauvais como horrendas, revelando a violência a que as vítimas eram submetidas.

As investigações tiveram início a partir da denúncia de uma mãe de menor, que procurou a Deam de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A delegada Fernanda Fernandes disse que os criminosos simulavam envolvimentos amorosos com as vítimas para coagi-las e ameaçá-las, obrigando-as a enviar fotos íntimas e participar de desafios violentos. Os agressores criaram um clima de terror psicológico, visando humilhar e provocar dor nas vítimas.

O grupo agia em 21 municípios de 8 estados brasileiros, contando com a participação de mais de 160 policiais na operação. A delegada Fernanda Fernandes destacou a importância da identificação e prisão dos membros da quadrilha para proteger as vítimas e evitar novos crimes. É fundamental combater a exploração sexual e a violência contra mulheres e meninas, buscando justiça e punição para os culpados por tais atos repugnantes.

A sociedade como um todo deve se unir no combate a essas práticas abomináveis, denunciando e apoiando as vítimas de violência e exploração. É preciso conscientizar e educar sobre os perigos das redes sociais e da exposição de imagens íntimas, bem como promover o respeito e a empatia como pilares de uma sociedade mais justa e segura para todos. É necessário dar voz às vítimas e lutar por um mundo livre de abusos e ameaças.

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