Suspeitos de traficar cocaína do Paraguai e Bolívia para o Brasil utilizando carros de luxo são alvo de operação no Paraná. Segundo a Polícia Federal, depois que droga chegava no Brasil, era distribuída para vários estados. Casal suspeito de liderar o grupo está foragido na Alemanha e Justiça Federal autorizou que nomes deles sejam incluídos na Interpol.
Delegado explica como grupo criminoso atuava no Paraná e em outros estados. Delegado relata que a organização mantinha uma infraestrutura para armazenamento e distribuição da droga em Cascavel, no oeste do Paraná, e em Monte Alegre, no Pará. Além disso, tinha uma rede de operadores financeiros responsáveis pela movimentação do dinheiro obtido com o tráfico.
Suspeitos de traficar cocaína do Paraguai para o Brasil usando carros de luxo são alvos da operação Antigua, realizada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (9). Segundo a PF, após chegar no território brasileiro, a droga era distribuída para vários estados. Veja abaixo como o esquema funcionava.
Conforme o delegado Robson Petter Gonçalves, um casal, que é suspeito de liderar o grupo, está foragido na Alemanha. Nesta quarta-feira, a Justiça Federal autorizou a inclusão da identificação deles na lista de difusão vermelha da Interpol. Nomes deles não foram divulgados. As investigações começaram em julho de 2023 e, durante esse período, pelo menos oito pessoas foram presas em flagrante, por estarem diretamente ligadas à organização criminosa. Cinco dessas pessoas estavam envolvidas com o transporte de cocaína e as demais com o transporte de crack e maconha.
A operação envolveu aproximadamente 80 policiais, com apoio do Comando de Aviação Operacional (CAOP) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos de 54 medidas cautelares, que estão sendo cumpridas em Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Boa Vista da Aparecida, no Paraná, e Monte Alegre, no Pará. Foram 12 mandados de prisão preventiva, uma medida cautelar de monitoração eletrônica, 20 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de sequestro e bloqueio de bens móveis, imóveis e valores dos investigados. Até a última atualização desta reportagem, 10 pessoas foram presas e três ainda continuam foragidas.
Conforme o delegado, a investigação revelou que o grupo era responsável por trazer a droga do Paraguai e da Bolívia, usando rotas estratégicas e esquemas de lavagem de dinheiro para esconder os lucros do crime. A cocaína era transportada em fundos falsos dos carros de luxo. Ao chegar ao Brasil, a droga era fracionada em Cascavel, e depois distribuída para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Outra rota usada pela organização criminosa era o rio Amazonas. Ao sair da Bolívia, a cocaína também era dividida em fazendas de Monte Alegre, no Pará, e distribuídas na região. O delegado também informou que, além da movimentação das drogas, essas fazendas também eram usadas para lavagem de dinheiro.
Todas essas propriedades, incluindo as oito fazendas que também ficam em Monte Alegre, estão sendo bloqueadas.