A operação Capgras realizada pela Polícia Federal resultou na prisão de 4 pessoas nesta quinta-feira (30), sob a suspeita de participação em um esquema de fraudes em pensões e benefícios de servidores falecidos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com as investigações, o grupo teria desviado cerca de R$ 22 milhões ao longo de três anos, por meio de falsificação de documentos, estelionato, lavagem de dinheiro e uso de empresas de fachada.
No total, foram cumpridos 5 mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em diferentes bairros do Rio de Janeiro e cidades como Nova Iguaçu, Nilópolis, Mangaratiba e Mogi das Cruzes (SP). Os criminosos, segundo a PF, se passavam por familiares de ex-professores da UFRJ para receber de maneira indevida os benefícios previdenciários. Além disso, teriam praticado golpes bancários e fraudes em outras áreas.
Uma parte do montante desviado teria sido direcionada a indivíduos associados a uma das principais facções criminosas do Rio, conforme apontado pelas autoridades. A denúncia que iniciou as investigações partiu de um pensionista da UFRJ, que notou a inclusão de um nome falso em seu benefício. Após uma auditoria interna na universidade, foram identificados outros casos semelhantes, gerando um prejuízo estimado em R$ 1,2 milhão.
Os envolvidos podem responder por diversos crimes, como falsificação de documento público, estelionato, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A ação é coordenada pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz) no Rio de Janeiro, com apoio da Unidade de Investigações Sensíveis e do Núcleo de Identificação da PF. A suspeita é de que a organização criminosa também tenha perpetrado ataques contra outros órgãos públicos.
A atuação da PF visa combater esses crimes e desarticular grupos que se beneficiam ilegalmente de recursos públicos. A colaboração dos órgãos de segurança e a denúncia de cidadãos são fundamentais para a identificação e punição de práticas ilícitas como as investigadas nessa operação. O combate à corrupção e à fraude é essencial para a preservação da integridade das instituições e a garantia da justiça social. A PF segue atuando de forma incisiva no combate a essas práticas criminosas.
