Operação Chave Pix: 9 PMs são alvos de investigação por cobrança de Pix para liberação de cargas ilícitas

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9 PMs são alvo de operação que apura suposta cobrança de Pix para liberação de
cargas ilícitas de compristas no PR; um deles foi preso

Mandados foram cumpridos em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e
Joinville, em Santa Catarina. Nomes do policiais não foram divulgados.

1 de 1 Arma sem registro e com silenciador foi encontrado com PM preso — Foto:
Gaeco-PR/Foz do Iguaçu

Arma sem registro e com silenciador foi encontrado com PM preso — Foto:
Gaeco-PR/Foz do Iguaçu

O Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu nesta quinta-feira (6) mandados de busca e
apreensão contra 9 policiais militares investigados por suspeita de cobrarem Pix
para liberação de cargas ilícitas de compristas.

Outras quatro pessoas também foram alvo da segunda fase da Operação Chave Pix
que cumpriu mandados em Foz do Iguaçu e Santa Terezinha
de Itaipu, no oeste do Paraná, e em Joiville, Santa Catarina, e contou com o
apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Paraná (PM-PR).

Um policial militar, segundo o Gaeco, foi preso em flagrante por porte de arma
sem registro e silenciador. Outra pessoa também foi presa em flagrante com
munições sem registro. Os nomes dos alvos não foram divulgados.

Os mandados foram cumpridos em endereços ligados aos policiais, incluindo o
Destacamento da Polícia Militar em Santa Terezinha de Itaipu, onde os PMs estão
ou estiveram lotados.

Também foram cumpridos oito mandados de afastamento da função pública e outras
medidas cautelares, além do cumprimento de 13 mandados de busca pessoal. A PM
não se manifestou sobre esta operação até a presente publicação.

A ATUAÇÃO DO PMS

Segundo o Gaeco, os investigados exigiam valores de compristas de produtos do
Paraguai que transitam pela BR-277.

> “A suspeita é de que, durante as abordagens, policiais militares exigiriam
> repasses em dinheiro, a título de propina, especialmente por meio de
> transferências via Pix, com o intuito de não fazer a apreensão de mercadorias
> e veículos, deixando de encaminhar os abordados às autoridades competentes”,
> informou em nota o Gaeco.

Foram apreendidos celulares, documentos, computadores, valores em espécie, armas
e munições.

O Núcleo Regional do Gaeco em Foz do Iguaçu segue com as investigações e recebe
informações e denúncias pelo telefone (45) 3308-1344 e/ou pelo e-mail
[email protected].

INÍCIO DAS INVESTIGAÇÕES

Segundo o Gaeco, as investigações da operação tiveram início em outubro de 2023.
Segundo o Gaeco, os valores repassados via Pix eram depositados em contas de
terceiros, que posteriormente transferiam o dinheiro a contas de familiares dos
policiais militares.

A primeira fase da operação foi deflagrada em dezembro de 2023 e teve como alvos
dois militares e outras três pessoas. Na época, com a suspeita de formação de
organização criminosa, 100 potenciais vítimas foram ouvidas, levando a
identificação de outros policiais militares e particulares envolvidos no
esquema.

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