Policial civil morre em megaoperação no Alemão e na Penha; 4 PMs foram baleados
Megaoperação nas duas comunidades é para prender 100 do Comando Vermelho. Até às 9h, outras 4 pessoas haviam sido mortas.
Uma triste notícia abalou a população do Rio de Janeiro nesta terça-feira (28). Durante uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, um policial civil veio a óbito e 4 policiais militares ficaram feridos. A ação, denominada de Operação Contenção, mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, além de promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Segundo informações obtidas, o policial civil foi atingido por um tiro no pescoço e não resistiu, enquanto um delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) foi baleado e encaminhado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. A operação foi desencadeada após mais de um ano de investigações da DRE, visando cumprir 100 mandados de prisão e 150 mandados de busca e apreensão contra lideranças do Comando Vermelho, facção criminosa presente em 26 comunidades da região.
Durante o avanço das forças de segurança, criminosos reagiram com tiros e ergueram barricadas em chamas, numa tentativa de dificultar o acesso dos agentes. O embate resultou na morte do policial e deixou quatro policiais militares feridos, sendo que um deles foi atingido na perna enquanto atuava em uma área de mata. Além dos agentes, outras três pessoas foram vitimadas por balas perdidas, sendo socorridas posteriormente.
A ação culminou em 23 prisões e na apreensão de 10 fuzis. Helicópteros, veículos blindados, drones e maquinários de demolição foram empregados para assegurar o avanço das tropas. Como consequência da operação, a Secretaria Municipal de Saúde informou que cinco unidades de atenção primária suspenderam o atendimento na região, afetando também 43 escolas e impactando milhares de alunos.
O governador Cláudio Castro enfatizou que a ação foi uma demonstração de força do Estado contra o crime organizado. “Estamos atuando com máxima determinação e de maneira integrada para deixar claro que o poder pertence ao Estado. Os verdadeiros detentores desses territórios são os cidadãos de bem”, afirmou.




