Os ferros-velhos têm sido alvos de uma operação policial para combater a chamada ‘indústria’ das barricadas. Na última terça-feira, foi iniciada uma nova fase da Operação Contenção, com o objetivo de desmantelar a expansão territorial do Comando Vermelho. De acordo com a Polícia Civil, a ação visa atacar a estrutura financeira e logística da facção criminosa. Um dos principais alvos da operação é um homem conhecido como “Mentor de Barricadas”, responsável por financiar e fornecer material para a construção das barreiras que prejudicam o acesso dos moradores a serviços básicos. Até o momento, 15 criminosos já foram presos.
Além dos mandados de prisão, busca e apreensão, a operação inclui o bloqueio de R$ 217 milhões em bens e valores, bem como a interdição de oito ferros-velhos localizados no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A ação conta com a participação de diversas unidades policiais, incluindo a Delegacia de Roubos e Furtos, a Coordenadoria de Recursos Especiais, o Bope e unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada.
Segundo informações da polícia, os ferros-velhos ligados ao tráfico de drogas funcionavam como centros de lavagem de dinheiro e apoio operacional para as atividades criminosas. Eles eram utilizados para financiar a instalação e reconstrução de barricadas, custear operações de vigilância armada e manutenção de pontos de venda de drogas, bem como fortalecer o controle territorial em diversas regiões da cidade.
As investigações financeiras realizadas pela DRF apontaram uma movimentação ilícita de mais de R$ 217 milhões, valor considerado incompatível com as atividades declaradas pelos investigados. Em resposta a isso, foram emitidas ordens de bloqueio de valores e ativos financeiros, sequestro de imóveis e veículos de luxo, interdição de ferros-velhos e afastamento compulsório de sócios e responsáveis legais envolvidos nas atividades criminosas.
O alvo principal da operação, o “Mentor de Barricadas”, foi identificado como o líder do braço financeiro da organização criminosa. Ele atuava como elo entre os ferros-velhos e o tráfico, financiando o Comando Vermelho e fornecendo materiais para a construção e reforço das barricadas. Suas ações contribuíam para a integração logística e financeira da facção, facilitando suas atividades ilegais.
Essa operação representa um importante golpe na estrutura econômica do Comando Vermelho, visando asfixiar financeiramente a facção e limitar sua capacidade de domínio territorial. A ação policial continua em andamento, demonstrando o comprometimento das autoridades em combater o crime organizado e garantir a segurança da população.




