Operação contra crime organizado no Rio cumpriu 15 mandados de prisão; duas pessoas morreram

A operação conjunta das forças de segurança cumpriu 15 dos 40 mandados de prisão no Complexo do Lins, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, até o fim da manhã de hoje (5). Nove criminosos já estavam presos e seis foram encontrados no conjunto de favelas. Duas pessoas morreram em confronto com policiais, segundo o secretário estadual de segurança pública, Roberto Sá.

Uma das mortes foi em enfrentamento com a Polícia Civil, no Complexo do Lins, e a outra foi no Morro de São João, na zona oeste, em um embate com a Polícia Militar, segundo o delegado Paulo Guimarães.

A Operação Onerat é a segunda ação conjunta entre as forças de segurança pública estaduais e nacionais e as Forças Armadas no Rio de Janeiro. Além do Complexo do Lins, policiais entraram em outras comunidades na zona oeste e norte, como a Covanca, o Chapadão e a Pedreira.

Três prisões em flagrante também foram efetuadas nas comunidades e outros dois menores foram apreendidos.

Foram encontradas três pistolas e duas granadas, além de quantidades de entorpecentes que estão sendo contabilizadas pelas forças de segurança. O secretário estadual de segurança pública explicou que os criminosos buscam guardar as armas de forma espalhada, o que dificulta a apreensão de grandes arsenais a partir do cumprimento de mandados de busca em residências específicas.

Roberto Sá afirmou ainda que a ausência de fuzis apreendidos até o momento não retira o mérito da ação, que não teve policiais feridos. “É sempre expectativa nossa apreender o fuzil. Hoje, a lógica dos criminosos é diferente. Cada criminoso acautela sua arma de fogo”, disse ele, acrescentando que “se esses fuzis não forem apreendidos hoje, serão outro dia”.

A operação continua a ser realizada ao longo do dia e os números devem ser atualizados pelos órgãos envolvidos.

As Forças Armadas atuaram com 3,6 mil militares delimitando um perímetro de segurança para a operação e realizando um bloqueio de pontos estratégicos. A Polícia Civil mobilizou 330 agentes e 30 delegados, e a Polícia Militar, 574 agentes.

O apoio da Força Nacional envolveu 256 agentes e a Polícia Federal levou 26 policiais. Por parte da Polícia Rodoviária Federal, 115 agentes atuaram hoje nas estradas sua fiscalização.

Fonte: Agência Brasil

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MP do TCU pede suspensão de salários de Bolsonaro e outros militares

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu na última sexta-feira, 22, a suspensão do pagamento dos salários de 25 militares ativos e da reserva do Exército que foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado.
 
Entre os militares citados, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, um capitão reformado que recebe um salário bruto de R$ 12,3 mil, o general da reserva Augusto Heleno, com um salário de R$ 36,5 mil brutos, o tenente-coronel Mauro Cid, que ganha R$ 27 mil, e o general da reserva Braga Netto, com um salário de R$ 35,2 mil.
 
Lucas Furtado argumentou que o custo dos salários desses militares é de R$ 8,8 milhões por ano. “A se permitir essa situação – a continuidade do pagamento da remuneração a esses indivíduos – o Estado está despendendo recursos públicos com a remuneração de agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado para instaurar uma ditadura”, afirmou o subprocurador.
 
Além da suspensão dos salários, Furtado também pediu o bloqueio de bens no montante de R$ 56 milhões de todos os 37 indiciados pela PF. Essa medida visa cobrir os prejuízos causados pelos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, que totalizam R$ 56 milhões, conforme estimado pela Advocacia-Geral da União (AGU).
 
“Por haver esse evidente desdobramento causal entre a trama golpista engendrada pelos 37 indiciados e os prejuízos aos cofres públicos decorrentes dos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, considero que a medida cautelar também deve abranger a indisponibilidade de bens”, completou Furtado.
 
O pedido inclui ainda a extensão da medida de suspensão de qualquer pagamento remuneratório aos outros indiciados que recebam verba dos cofres públicos federais, incluindo do Fundo Partidário. O processo para avaliar a suspensão dos salários ainda não foi aberto pelo TCU.

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