Mais de 50 presos, veículos apreendidos e dinheiro bloqueado: veja detalhes da operação que bloqueou R$ 21 milhões de grupo investigado por tráfico de drogas.
Operação ocorreu em Goiás, no Distrito Federal e mais oito estados. Segundo a polícia, dos 55 mandados de prisão, 41 foram cumpridos em território goiano.
PF faz megaoperação contra facção criminosa ligada a tráfico de drogas.
Mais de 50 pessoas foram presas, veículos apreendidos e R$ 21 milhões bloqueados após a Operação Corrosão contra um grupo investigado por tráfico de drogas, em Goiás, Distrito Federal de mais oito estados. A ação contou com o apoio de mais de 400 policiais da Polícia Federal, Civil, Militar e Polícia Penal do Estado de Goiás.
“Nas buscas, nós apreendemos veículos, dinheiro, armas e drogas. Individualmente, cada um vai responder pelo seu flagrante além do crime que está sendo investigado no bojo da investigação”, informou o delegado Bruno Zane, em entrevista à TV Anhanguera.
De acordo com o chefe da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Estado de Goiás (FICCO/GO), grande parte dos membros da organização criminosa eram de Goiás. Dos 55 mandados de prisão, 41 foram cumpridos em Goiânia, Planaltina, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Silvânia, Ceres, Goianira, Nerópolis, Buriti Alegre, Itumbiara, Senador Canedo e Hidrolândia.
Os nomes dos investigados não foram divulgados, portanto, o DE não conseguiu contato com as defesas.
O delegado pontuou que, além dos mandados de prisão, foram cumpridos 64 mandados de busca e apreensão, entre os bens bloqueados está uma casa avaliada em R$ 150 mil. Os envolvidos devem responder por tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas.
Confira abaixo os outros estados envolvidos na operação: São Paulo, Paraná, Pará, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal.
INVESTIGAÇÃO
De acordo com o delegado, a operação iniciou com a apreensão de três fuzis, em fevereiro de 2024. “Em razão dessa apreensão, houve a prisão de indivíduos e, posteriormente, houve a análise de celulares, o que levou a prisão de outros envolvidos que estavam homizidiados em São Paulo”, explicou.
Com o compartilhamento de provas da operação inicial, a polícia conseguiu identificar diversas peças e as divisões de tarefas da organização criminosa, “desde a liderança central e o responsável pela contabilidade e movimentação de fundos ilícitos até os encarregados da disciplina interna, distribuidores, fornecedores e intermediários financeiros”.
“R$ 21 milhões foram bloqueados, sendo R$ 14 milhões só com uma investigada, que foi presa e extraditada de Portugal para o Brasil. Essa mesma investigada foi presa em uma operação da Polícia Civil no ano passado […] Ela era uma das principais lavadoras de dinheiro da organização criminosa”, disse o investigador.
O grupo atuava no país inteiro e, inclusive, participavam de homicídios, que eram realizados pelos faccionados a mando de pessoas que ocupavam o alto escalão da organização, ressaltou o delegado.