Operação cumpre mandados contra agiotas estrangeiros suspeitos de ameaçar comerciantes de morte

A Polícia Civil de Goiás, por meio da 3ª Delegacia Distrital de Polícia de Aparecida de Goiânia, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 14, a Operação Usureros, que investiga pessoal suspeitas de agiotagem em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Caldas Novas. Alvos foram identificados como estrangeiros, sendo 8 agiotas colombianos e um brasileiro, que atuava na cobrança direta das vítimas.

Segundo a corporação, a investigação foi iniciada após comerciantes e autônomos denunciarem ter sido vítimas de cobranças violentas feitas por agiotas. Em vídeo, enviado para uma das vítimas, um dos alvos da operação o ameaça com uma arma de fogo e diz que irá matar toda a família. Dias depois, a mesma vítima teve o portão da residência onde mora baleando.

Confira o vídeo da ameaça:

 

A operação cumpriu 33 mandados judiciais, sendo nove mandados de prisões temporárias, cinco mandados de busca e apreensão e 19 sequestros de bens. Até a manhã desta quarta-feira, a polícia divulgou a prisão de 7 pessoas, além do sequestro de R$ 400 mil em veículos e apreensão de R$ 30 mil em dinheiro.

Empréstimos

Em depoimento, as vítimas informaram que eram abordadas por indivíduos que ofereciam empréstimos facilitados e sem burocracia. Após a liberação do dinheiro, as vítimas eram obrigadas a pagar parcelas todos os dias (o que se denomina pagamento “pinga-pinga”), com altos juros que variavam de 20% e 50%, em caso de atraso diário.

A investigação descobriu que os suspeitos colombianos se dividiam em três núcleos, enquanto o brasileiro atuava nas cobranças violentas. A polícia estima que o grupo tenha causado prejuízos financeiros e psicológicos às vítimas.

Os suspeitos devem responder pelos crimes de usura (agiotagem), associação criminosa, extorsão e perseguição.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp