Operação da DRF desarticula quadrilha de furto de cabos em SP e RJ: Entenda o caso e os desdobramentos

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A Operação deflagrada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) visava desarticular uma quadrilha especializada em furtar cabos de concessionárias de serviços públicos utilizando caminhões. As investigações revelaram que o material furtado era vendido para ferros-velhos e metalúrgicas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Além disso, a quadrilha praticava lavagem de dinheiro por meio de empresas reais e fictícias, bem como contratos simulados.

O objetivo da operação era cumprir 46 mandados de busca e apreensão em residências dos suspeitos, sete ferros-velhos e metalúrgicas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Também foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva contra integrantes da organização criminosa, incluindo membros da cúpula, e solicitado o bloqueio de até R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros, além do sequestro de bens e imóveis.

As investigações mostraram que a quadrilha atuava de forma sofisticada, baseada no furto de cabos de telecomunicações e energia elétrica, que eram repassados para empresas de reciclagem ligadas aos líderes do grupo. A lavagem do dinheiro obtido ilegalmente envolvia transações bancárias fracionadas, aquisição de veículos de luxo, emissão de notas fiscais falsas e simulação de contratos com empresas reais.

Durante os furtos, os criminosos contavam com batedores armados em motocicletas, associados ao tráfico de drogas, que acompanhavam os caminhões. Os cabos eram amarrados aos veículos e puxados com força, causando danos estruturais às estações subterrâneas. Após o roubo, os cabos eram levados para depósitos em Queimados, na Baixada Fluminense, no Morro do Fallet e no Complexo do Salgueiro, sendo depois revendidos a ferros-velhos e metalúrgicas.

Os pagamentos pela venda dos cabos furtados eram feitos de várias formas, incluindo veículos de luxo e transações por meio de empresas do ramo alimentício e de comunicação ligadas ao núcleo de comando da quadrilha. O chefe do grupo era apontado como o elo entre a organização criminosa e o tráfico do Morro do Fallet, sendo responsável pelo controle financeiro, repasses e lavagem de dinheiro.

A estrutura da organização era composta por três núcleos: comando, intermediário e operacional. O núcleo de comando era liderado por Ricardo e, após sua prisão, assumido por Sinara. O núcleo intermediário contava com Jonathan e Vera Lúcia, enquanto o núcleo operacional incluía mais de 15 operadores responsáveis pelo acesso às redes subterrâneas, corte, remoção e transporte dos cabos, além do uso de disfarces e apoio de batedores armados.

Essa operação é a segunda fase da Operação Caminhos do Cobre, que revelou uma cadeia estruturada para escoamento dos cabos furtados. A ação policial busca combater atividades criminosas desse tipo e desarticular organizações que atuam de forma ilegal no Brasil. A prisão dos suspeitos e a apreensão dos materiais são passos importantes no combate ao furto de cabos e na busca por uma sociedade mais segura.

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