Grupo que aplicava golpe de falsas passagens aéreas é alvo de operação da Polícia Civil; cinco moradores do DF foram vítimas
Compradores perceberam golpe apenas no aeroporto, no dia da suposta viagem. Grupo atuava desde 2022.
Grupo que vendia passagens aéreas falsas é alvo de operação da PCDF.
Um grupo suspeito de aplicar o golpe da falsa passagem aérea foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta quarta-feira (18). A investigação indica que o grupo atuava desde de 2022. Ao menos cinco moradores do DF foram vítimas, percebendo o golpe apenas no aeroporto, no dia marcado para a suposta viagem.
A operação da PCDF foi realizada nas cidades de Imperatriz (MA), Augustinópolis (TO) e Araguaína (TO). Foram expedidos 17 mandados de busca e apreensão e 10 integrantes do grupo criminoso tiveram suas prisões preventivas decretadas (veja vídeo acima).
A investigação constatou uma movimentação financeira de pelo menos R$ 200 mil nas contas bancárias investigadas. Vítimas de outros estados como Ceará, Bahia, Amazonas e Mato Grosso do Sul, também foram identificadas.
Moradores do Distrito Federal caíram em golpe de falsas passagens aéreas. As vítimas viram anúncios em redes sociais de promoções relâmpago de venda de passagens aéreas. Ao clicarem no anúncio, elas eram redirecionadas para um site falso, similar ao de uma empresa aérea tradicional. Após a escolha das passagens, as vítimas eram orientadas a fazer um pix e recebiam a comprovação falsa da viagem. Em alguns casos elas só percebiam o golpe quando compareciam no aeroporto, no dia da viagem para fazer o check-in.
Em nota, a Latam Airlines Brasil informou que “não solicita pagamentos fora de sua plataforma e que suas comunicações e promoções direcionam o cliente sempre para compra no portal da empresa”.
De acordo com a Polícia Civil, o primeiro registro de ocorrência foi feito em Taguatinga, em novembro de 2024, quando foram iniciadas as investigações. Na época, a polícia identificou 10 integrantes do grupo, que tiveram suas prisões preventivas decretadas pela 2ª Vara Criminal de Taguatinga. No decorrer das investigações foi constatado que os autores utilizaram laranjas para abrirem empresas com nomes similares ao da companhia aérea, no intuito de transmitir confiança para as vítimas no momento do pagamento.
Os autores vão responder pelos cincos crimes de estelionato (fraude eletrônica), associação criminosa e lavagem de capitais, cujas penas máximas somadas ultrapassam a barreira dos 50 anos. A LATAM Airlines Brasil informa que não solicita pagamentos fora de sua plataforma e que suas comunicações e promoções direcionam o cliente sempre para compra no portal latam.com. A companhia recomenda que o cliente esteja atento ao domínio do site de compra, que deve ser sempre latam.com ou latamairlines.com, e que qualquer domínio com outro nome pode se tratar de um site falso. Por fim, a LATAM reforça que divulga regularmente comunicados de alerta sobre golpes em suas redes sociais e em seu site oficial, sempre enfatizando seus canais legítimos de comunicação.