A operação da Polícia Federal contra desvios milionários em financiamentos do Banco do Nordeste cumpriu mandados em três cidades. Os criminosos investigados utilizaram empresas de fachada para fazer lavagem de dinheiro. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Recife e em Olinda e Abreu e Lima.
A Polícia Federal investiga fraudes em financiamentos no Fundo Constitucional do Nordeste. A PF deflagrou uma operação contra desvios milionários de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), administrado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O esquema de fraudes investigado envolve empresa de fachada e falsificação de documentos (veja vídeo acima).
Apesar de ter sido divulgada pela PF nesta quinta-feira (6), a Operação Papel Timbrado foi deflagrada pela Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros na quarta-feira (5). Policiais federais foram às ruas para cumprir sete mandados de busca e apreensão em três cidades: Recife, Olinda e Abreu e Lima, na Região Metropolitana.
As investigações da PF apontaram que as fraudes envolviam pessoas físicas e jurídicas articuladas para desviar recursos do FNE e ocultar a destinação do dinheiro. As principais irregularidades praticadas pelo esquema criminoso foram empresa de fachada, adulteração de equipamentos, falsificação documental, desvio e ocultação de valores.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema criminoso é “sofisticado” e simulava a compra de máquinas flexográficas. Utilizado na indústria de embalagens, o equipamento faz impressão em alta velocidade de imagens e textos em materiais flexíveis. O FNE é o maior instrumento financeiro da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), sendo fundamental para financiar empreendedores de diversos portes e auxiliar no desenvolvimento regional.
Na operação policial, foram apreendidos veículos, documentos e mídias que são utilizados ou foram fruto dos crimes investigados. Os investigados podem responder pelos crimes de fraude contra o sistema financeiro nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O DE questionou a Polícia Federal como o esquema era realizado pelos criminosos e desde quando esses desvios de recurso acontecem. Também procurou o Banco do Nordeste para saber se iria se pronunciar sobre o assunto. Porém, não obteve respostas até a última atualização desta reportagem.




