Operação da PF desmantela esquema de corrupção na mineração em MG: 22 presos e R$1,5 bilhão em bens bloqueados.

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A Polícia Federal (PF) está em andamento em uma operação que visa prender 22 pessoas e executar 79 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte (MG) e em outras áreas de Minas Gerais. A investigação revelou a existência de uma organização criminosa atuante no setor de mineração, que manipula licenças ambientais por meio de propina a agentes públicos em esferas federal e estadual.

O alvo principal dos policiais é um conglomerado composto por mais de 40 empresas, com destaque para a holding Minerar S/A, envolvidas na exploração de minério de ferro em diversas regiões sensíveis do estado. Entre os investigados, destacam-se empresários como Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como líder do grupo criminoso, Helder Adriano de Freitas e João Alberto Paixão Lages, sócios de Alan na empresa de mineração Gutesiht, responsáveis por manipular processos de licenciamento.

Os suspeitos são acusados de obter autorizações e licenças para extração e manuseio de minérios em áreas protegidas, com alto potencial para desastres ambientais. A PF aponta a existência de uma rede de empresas e operadores montada pelos criminosos para garantir a continuidade de empreendimentos ilegais, através de corrupção, tráfico de influência, fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

O inquérito iniciado em 2020 revela que o grupo corrompeu membros de diversos órgãos, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), IPHAN, Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas (FEAM) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente, com o objetivo de ampliar seus negócios de forma impune. Além das ordens de prisão dos empresários, a Justiça Federal determinou o afastamento de funcionários públicos ligados a órgãos ambientais.

A investigação revelou o pagamento de mais de R$ 3 milhões em propina a agentes públicos, com suspeitas de mesadas para favorecer os interesses da organização criminosa. A Justiça Federal também ordenou o sequestro e bloqueio de bens no valor de R$ 1,5 bilhão, como parte das medidas cautelares para evitar a dissipação do patrimônio obtido de forma ilícita pelos envolvidos no esquema corrupto.

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