Operação da PF investiga grupo criminoso que fraudava a Caixa

Caixa afirma que tem cooperado com investigações

Contratos da Caixa Econômica Federal  (CEF) na área de tecnologia da informação, que totalizam mais de R$ 385 milhões, estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de irregularidades. A Operação Backbone, deflagrada na manhã de hoje (14), cumpre dez mandados judiciais de busca e apreensão em Brasília.

Segundo a PF, as empresas de tecnologia da informação “repassavam os valores indevidos para a empresa de consultoria por meio de contratos de prestação de serviços, em princípio, inexistentes”. As investigações indicam que parte dos valores recebidos era “distribuída pela empresa de consultoria para os demais membros da organização criminosa”.

Para justificar o acréscimo patrimonial, “os empregados da Caixa e o sócio administrador da empresa de consultoria celebravam contratos de compra e venda de imóveis, viabilizando assim o branqueamento de capitais”, disse a PF. A organização criminosa seria formada por empregados da Caixa, empresários da área de tecnologia da informação e uma empresa de consultoria pertencente a um ex-empregado do banco.

Segundo a polícia, as investigações mostram que empregados da Caixa e o sócio administrador da empresa de consultoria “receberam vantagens indevidas” repassadas pelas empresas, “com a finalidade de cometer irregularidades na formalização e fiscalização dos contratos dessas empresas com a CEF”.

A Caixa, por meio de nota, esclareceu que “forneceu informações e documentos, previamente à deflagração da Operação Backbone, contribuindo para a apuração dos fatos”. Informou ainda “que não houve busca e apreensão em suas dependências e que continua prestando irrestrita colaboração com a Polícia Federal”.

O nome da operação, Backbone, é uma expressão que, na área da informática, faz referência à espinha dorsal de um sistema de rede de computadores.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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