“O que descobrimos após cinco meses de investigações, é que o Rogério De Moura Campos, que cumpre pena em Aparecida de Goiânia, é quem recebe as ordens da facção criminosa paulista, e então repassa determinações sobre o tráfico, roubos, e assassinatos a outros presos e a criminosos que estão aqui do lado de fora para que executem estes crimes”
Cinquenta e oito pessoas que teriam ligação direta com o Prineiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua nos presídios paulistas, foram presas em uma operação desencadeada pela Polícia Civil de Goiás. Conhecido como “Imperador”, um dos suspeitos que teve a prisão decretada já cumpre pena em Aparecida de Goiânia, e segundo as investigações, é o número da quadrilha no Estado.
Dos 58 mandados de prisão expedidos, 40 foram cumpridos contra suspeitos que já estão presos em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais. Os 18 presos que não estavam encarcerados foram presos na Grande Goiânia. “O que descobrimos após cinco meses de investigações, é que o Rogério De Moura Campos, que cumpre pena em Aparecida de Goiânia, é quem recebe as ordens da facção criminosa paulista, e então repassa determinações sobre o tráfico, roubos, e assassinatos a outros presos e a criminosos que estão aqui do lado de fora para que executem estes crimes”, pontuou o delegado João Victor Costa, adjunto da Delegacia Estadual de Repressão ao Crime Organizado (Draco).
Ainda de acordo com o delegado, o “braço” goiano do PCC, que hoje teria pelo menos 1,5 mil membros em nosso Estado, é tão organizado que cobra, dos integrantes, uma taxa mensal de R$ 30 para quem está preso, e R$ 60 para quem está do lado de fora. “Todo o dinheiro arrecadado é enviado para criminosos de São Paulo, que estão no topo da fação”, concluiu o adjunto da Draco. Com a identificação dos líderes, a Polícia Civil pedirá agora que eles sejam submetidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), onde o preso fica em uma cela isolada, e perde, durante alguns meses, o direito a receber visitas.