Operação da Polícia Civil desmantela esquema de entrega de celulares e drogas em comida para presídio no RS

VÍDEO: criminosos tentam levar para dentro de presídio celulares e drogas escondidos em potes de comida no RS

Polícia Civil prendeu 23 pessoas durante operação contra organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas em Uruguaiana. Grupo atuava como milícia, cobrando valores de empresários e ameaçando quem se recusava a pagar.

Criminosos tentam levar para dentro de presídio celulares e drogas escondidos em comida

A Polícia Civil obteve vídeos que mostram como uma organização criminosa tentava levar para dentro da Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana, cidade da Região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, drogas, celulares e carregadores (veja acima).

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Em um dos vídeos, uma pessoa fala que “vai um malote, carregador, telefone grande” dentro de potes de comida, além de drogas.

> “Ali, a maconha, tá, meu patrão? Tá com os bagulhinhos ali para pescar. Os ‘cordão’ também, fiz vários nós”, diz.

A investigação do caso, que durou sete meses, resultou em uma operação nesta terça-feira (26), onde 23 pessoas foram presas em Uruguaiana e Osório. No total, 37 suspeitos de envolvimento no esquema foram identificados, além de 40 pontos de venda de drogas em Uruguaiana.

Homem fala o que vai em pacotes que seriam arremessados para dentro de unidade prisional no RS — Foto: Divulgação

A polícia também identificou que celulares eram arremessados para dentro do pátio do presídio durante a noite e, depois, recolhidos pelos detentos, que usavam ferramentas parecidas com “varas de pescar” para “fisgar” os objetos.

Em outro vídeo, uma pessoa mostra o pote de comida onde seriam escondidos os itens que organização criminosa tentaria colocar para dentro da unidade prisional.

“A gente bota por cima dessas em uma próxima. Mas está bem, vamos que vamos”, diz a pessoa.

Pote de comida em que drogas e celulares seriam escondidos para ingressar em unidade prisional no RS — Foto: Divulgação

De acordo com a Polícia Civil, membros da organização criminosa, que é suspeita de ter envolvimento com o tráfico de drogas, chegaram a contratar uma pessoa para preparar refeições e esconder drogas nos alimentos.

Além de ser suspeita de tráfico de drogas, a Polícia Civil coletou provas que indicam que o grupo atuava como milícia. Empresários teriam sido ameaçados por se recusar a pagar valores aos criminosos.

> “E alguns tiveram os estabelecimentos e veículos incendiados. O grupo cobrava valores dos gestores para que os estabelecimentos continuassem funcionando”, conta o delegado responsável pela operação, Nilson de Carvalho, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas de Uruguaiana.

Ao todo, além dos mandados de prisão, foram cumpridas 65 ordens judiciais, sendo 29 mandados de prisão preventiva e 36 mandados de busca e apreensão em 20 bairros de Uruguaiana e Osório e na Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana.

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Adote um animal resgatado das enchentes no Rio Grande do Sul: plataforma online disponível

Sete meses após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, cerca de 1,2 mil animais ainda se encontram em abrigos aguardando por novos lares. Diante dessa realidade, o governo do estado criou uma plataforma com informações para aqueles que desejam adotar os animais resgatados da enchente. No entanto, autoridades estão preocupadas com a baixa procura e a crescente devolução dos animais adotados.

No auge do desastre, em maio, o estado chegou a ter mais de 10 mil animais socorridos das enchentes. Porém, ainda há cerca de 800 cães e gatos esperando por adoção somente na cidade de Canoas, uma das mais afetadas. Todos os animais que estão nos abrigos foram submetidos a procedimentos de castração e microchipagem antes de serem disponibilizados para adoção. Mesmo assim, o interesse na adoção tem diminuído, o que tem gerado preocupação entre os responsáveis pelos animais.

Segundo Fabiane Borba, secretária do Bem-Estar Animal de Canoas, a procura por adoções tem diminuído gradativamente desde setembro, sendo ainda menor nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, devido às férias. Ela destaca que, apesar da redução na procura, ainda há centenas de animais nos abrigos aguardando por um lar amoroso.

Para facilitar o processo de adoção, o governo estadual implementou uma plataforma online com informações para aqueles que desejam adotar um animal resgatado da enchente. Moradores do Rio Grande do Sul podem escolher um animal e visitar o abrigo para adotá-lo, enquanto moradores de Santa Catarina, Paraná e São Paulo contam com o transporte dos animais até Florianópolis, Curitiba e Cotia, respectivamente.

A devolução de animais adotados e a desistência de pessoas que haviam escolhido um bichinho para adoção são problemas recorrentes observados pelas autoridades locais. Fabiane ressalta a importância de garantir que os animais recebam lares amorosos e permaneçam lá por toda a vida, evitando que sofram mais traumas após o difícil momento das enchentes.

Diante desse contexto, a conscientização sobre a importância da adoção responsável e do cuidado com os animais se torna fundamental. A história da família que adotou a gata Cecília, rejeitada devido a uma condição de saúde, é um exemplo de como o amor e a compreensão podem transformar a vida dos animais resgatados. Ações como essas são essenciais para garantir o bem-estar dos animais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

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