Operação da Polícia Civil do DF prendeu 9 suspeitos em SP, PR e na capital federal. Policiais apreenderam mais de 3 mil pacotes do produto em oito estados. Presos nesta quinta-feira (4), os suspeitos de integrar a maior rede de produção e venda de “cogumelos mágicos” do país devem responder à Justiça por seis crimes diferentes. A lista deve constar no indiciamento da Polícia Civil do Distrito Federal, que comanda as investigações. O inquérito está em andamento e, ao fim, será enviado ao Ministério Público do DF – a quem cabe formalizar a denúncia à Justiça.
Os investigadores apuram a prática dos crimes de tráfico de drogas qualificado, lavagem de dinheiro, integração em organização criminosa, disseminação de espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna ou aos ecossistemas, promoção de publicidade abusiva, e curandeirismo. O grupo movimentou R$ 26 milhões em apenas um ano, segundo as investigações. Nesta quinta, nove pessoas foram presas preventivamente.
A polícia informou que prisões em flagrante também aconteceram durante a operação, mas o número ainda não foi informado. Além das nove prisões, mais de 3 mil pacotes de “cogumelos mágicos” foram apreendidos durante a operação desta quinta. A venda dos cogumelos era feita pelas redes sociais e a entrega pelos Correios.
Os “cogumelos mágicos” são exóticos e alucinógenos, que contêm psilocibina, uma substância psicodélica que altera a percepção sensorial, a noção de tempo e espaço e pode provocar experiências emocionais e visuais intensas. Segundo a polícia, os suspeitos chegaram a vender os cogumelos exóticos com promessas de cura para depressão e ansiedade.
O grupo criminoso usava as redes sociais e até influenciadores para atrair clientes, em sua maioria jovens frequentadores de festas de música eletrônica. As drogas eram enviadas pelos Correios para todo o país, utilizando o sistema de comércio denominado dropshipping. A polícia chegou ao centro da operação que ficava em Curitiba (PR), onde galpões funcionavam como laboratório, e salas de cultivo e estrutura para produzir até 200 quilos de cogumelos por mês.
“A defesa dos senhores Lucas Fernandes e Igor Tavares, diante das recentes acusações de suposta prática dos crimes de lavagem de capitais, organização criminosa, tráfico de drogas e disseminação de doença ou praga que possa causar dano à agricultura, pecuária, fauna, flora ou ecossistemas, vem a público esclarecer: Os acusados jamais orquestraram qualquer esquema ilícito, muito menos na magnitude que vem sendo veiculada em determinados meios de comunicação.
A defesa atuará com firmeza para assegurar que os acusados possam exercer o direito de responder ao processo em liberdade, colaborando para a plena elucidação de todos os fatos controversos. Leia mais notícias sobre a região no DE.