Operação desarticula grupo sonegador

Empresários em Campinas teriam sonegado R$ 08 milhões

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT) realizou na manhã de hoje (29) a Operação Terra Prometida, em conjunto com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e a Polícia Militar.

As investigações foram realizadas pelo delegado Charles Lobo Júnior e pelos policiais civis Anderson Lopes, Otávio Marcos e Fabiana Medeiros. A operação contou com 70 policiais, com objetivo de cumprir 14 mandados de busca e apreensão em diversos estabelecimentos do ramo de secos e molhados.

As diligências miram um grupo empresarial composto por empresas mantidas por um mesmo núcleo familiar. O Grupo Canaã é alvo de denúncias pelo crime de sonegação fiscal e falsidade ideológica. A polícia aponta que existe discordância entre a movimentação de vendas e os tributos que eram recolhidos pela receita estadual.

Diligências

Os investigadores visitaram 12 estabelecimentos que atuam no segmento de bebidas no Setor Campinas. Desde 2009, a Sefaz chegou a autuar o grupo mais de 40 vezes por sonegação fiscal. A estimativa é de que o núcleo gerenciador das empresas tenha deixado de pagar em tributos, um montante de R$ 08 milhões.

Entre as irregularidades identificadas, foi constatada a compra de vale-refeição e ticket alimentação, sendo que no local foram encontrados cartões de clientes. O Delegado Regional de Fiscalização de Goiânia, Fernando Bittencourt, afirma que as empresas adquiriam o benefício com desconto de 10 a 15%, o que pode ser configurado como lavagem de dinheiro.

Imagem: Denis Marlon/Sefaz

 

Gustavo Motta

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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