Operação desarticula grupo suspeito de manter empresas que falsificavam agrotóxicos

Acontece na manhã desta quinta-feira (7), a Operação Faixa Vermelha, com objetivo de desarticular grupo que tem diversas empresas para produzir e vender agrotóxicos falsificados. Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva, 34 de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Guapó, Novo Gama e ainda em Palmas (TO).

Segundo a investigação, o grupo tem diversas empresas que foram criadas para fazer todos os passos da cadeia produtiva de um agrotóxico: desde compra de insumos, fabricação, armazenamento, transporte e comercialização. As vendas são feitas sem emissão de nota fiscal, de forma que as empresas não pagavam impostos. Dados iniciais da investigação mostram que, em apenas uma destas diversas empresas, o grupo teve R$ 114 milhões em comercializações suspeitas, desde 2018.

A Operação, que deve ir até o início da tarde desta quinta-feira (7), é deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e pela Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do Ministério Público de Goiás (MP-GO). As polícias civil e militar apoiam a operação, que reúne 26 promotores de Justiça, 89 servidores, três delegados de polícia, oito agentes, 88 policiais militares, sete servidores da Secretaria de Economia e quatro peritos da Polícia Técnico-Científica.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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