Operação desarticula quadrilha especializada em golpe do novo número, em Goiânia

Na tarde da última terça-feira (28) e na manhã do dia seguinte, a Polícia Civil do Estado de Goiás, por intermédio do Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais – GREF/DEIC, cumpriu um mandando de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão contra suspeitos de uma associação criminosa especializada na prática do crime de estelionatos na modalidade eletrônica.

A Operação Ápice deu início após a prisão em flagrante de duas mulheres pelo crime de prática de estelionato contra uma idosa e o irmão de uma delegado da polícia. Ambos foram vítimas do Golpe do Novo Número, sendo capturadas as beneficiárias do valores obtidos de forma fraudulenta.

Associação criminosa especialista no crime

A partir dessas prisões, agentes policiais aprofundaram nas investigações e identificaram uma associação criminosa especialista nesse tipo de crime. Em julho desde ano, um integrante do grupo foi identificado como responsável por cooptar os fornecedores das contas bancárias e preso pelo delito em flagrante junto com outros 3 suspeitos, pela prática de estelionato com o mesmo modus operandi.

Com essas prisões, foram possível identificar mais dois suspeitos de integrarem o grupo, juntamente com comparsas responsáveis por entrar em contato com as vítimas e solicitarem as transferências, se passando como um parente que precisava realizar uma transferência bancária.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do investigado, que é monitorado por tornozeleira eletrônica. Lá foram encontrados cartões bancários de integrantes do grupo, caderno de anotações com valores e dados de vítimas, e um aparado feito de papel alumínio feito para tentar inibir o sinal da tornozeleira.

 

Os pertences foram encontrados na casa de um dos suspeitos, que utilizava tornozeleira eletrônica. Foto: Reprodução/PC

Além das prisões, também foram deferidos a Justiça o bloqueio de contas bancárias, sequestro de valores e de um veículo.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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