Grupo suspeito de fraudar R$ 23 milhões em benefícios para pessoas com mais de 65 anos é alvo de operação
Agentes cumpriram medidas contra 16 alvos no DF e em três estados: Piauí, São Paulo e Goiás. De acordo com os investigadores, o “idoso de aluguel” emprestava suas características biométricas para a confecção de documentos falsos.
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6), uma operação contra um grupo suspeito de falsificar documentos para obter benefícios e empréstimos consignados de forma indevida em nome de idosos “fictícios”. As fraudes resultaram em um prejuízo de R$ 28 milhões aos cofres públicos. Os agentes cumpriram mandados em 16 alvos distribuídos entre o Distrito Federal e os estados do Piauí, São Paulo e Goiás.
Entre os mandados cumpridos, um de prisão foi realizado, mas o suspeito não foi encontrado e é considerado foragido pela PF. Também foram cumpridos mandados de prisão domiciliar e determinação para o uso de tornozeleira eletrônica.
O esquema de fraude funcionava da seguinte maneira: um “idoso de aluguel”, uma pessoa real, emprestava suas características biométricas, como impressões digitais e fotos, para legitimar essas identidades falsas; em seguida, CPFs e títulos de eleitores eram fraudados. Com os documentos falsos, o grupo conseguia abrir contas bancárias, ingressar no Cadastro Único do Governo Federal e obter aproximadamente 259 Benefícios de Prestação Continuada ao Idoso.
Segundo as investigações, um único “idoso de aluguel” estava associado a mais de 30 identidades falsas, fazendo-se passar por pessoas diferentes. No total, 21 idosos cederam seus dados para a confecção de 285 CPFs e Títulos Eleitorais falsos.
Na primeira fase da operação, em janeiro do ano passado, três pessoas foram presas e bens foram apreendidos. As investigações identificaram a compra de bens e movimentações financeiras incompatíveis com a renda dos investigados, além de outros benefícios fraudados e mais indivíduos envolvidos no esquema.
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