Mais de 170 animais foram encontrados em situação de maus-tratos no Oeste de SC. O local, situado no Oeste do estado, foi alvo de uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que flagrou macacos-prego, saguis e papagaios em condições inadequadas.
O Ibama flagrou os macacos em situação de maus-tratos em um criadouro embargado de SC. A ação resultou na apreensão de 174 animais, entre macacos-prego, saguis e papagaios-de-peito-roxo, uma espécie ameaçada de extinção. Todos os animais serão encaminhados para cuidados imediatos no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, além de programas de reabilitação, especialmente os papagaios-de-peito-roxo.
Durante a vistoria realizada pelo Ibama, foram encontradas gaiolas com macacos expostos ao tempo, sem alimentação, água ou aquecimento adequados. Filhotes separados das mães e animais adultos confinados em espaços pequenos e inadequados foram algumas das situações identificadas pelas equipes.
O responsável pelo criadouro, que já tinha sido autuado anteriormente por maus-tratos, foi novamente multado. O histórico do local revela que o criadouro possuía autorização para a comercialização de aves e macacos-prego, embora estivesse embargado desde 2011 pelo Ibama.
Apesar das decisões judiciais favoráveis à continuação das atividades, o STJ restabeleceu o embargo no ano passado, determinando a interrupção definitiva das operações. No entanto, o criadouro continuava anunciando a venda de animais em redes sociais, incluindo saguis e outras espécies de primatas sem autorização.
O comércio ilegal de primatas, ainda que respaldado por liminares judiciais temporárias, estimula o tráfico de animais silvestres, alertou o Ibama. A posse ilegal de espécies da fauna nativa é considerada crime, sujeitando os responsáveis a multas e sanções penais.
A ação de fiscalização contou com a participação da Polícia Federal e da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina. A exposição de animais silvestres em redes sociais como se fossem animais de estimação domésticos contribui negativamente para a preservação dessas espécies, estimulando ainda mais o comércio ilegal e o tráfico de animais.