Ministério Público e Polícia Militar realizam uma operação contra alvos ligados ao PCC em São Paulo, em desdobramento da Operação Carbono Oculto. Chamada de Operação Spare, a ação tem o objetivo de cumprir 25 mandados de busca em diversas cidades do estado. As investigações apontam Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, como chefe do esquema de venda de combustíveis adulterados há anos. A Receita identificou mais de 267 postos ativos movimentando bilhões, recolhendo valores ínfimos em tributos. Empresas de fachada e laranjas também foram encontradas na operação, revelando a complexidade do esquema.
A investigação teve início em julho de 2020, após a apreensão de uma máquina de pagamentos em um endereço suspeito. Posteriormente, o Gaeco se envolveu na apuração de uma casa de jogos que utilizava postos como intermediários para lavagem de dinheiro do PCC. A quadrilha agia de forma sistemática em crimes contra consumidores. A ANP colaborou com dados sobre irregularidades no armazenamento e comercialização de combustível nos postos controlados. Além disso, empresas de fachada como lojas de artigos populares serviam como sede para movimentação ilegal de recursos.
Outras empresas identificadas na investigação incluem Zangão Intermediações, Optimus Intermediações, Athena Intermediações e Cangas Intermediações e Negócios. A atuação de contadores como peças-chave na estrutura da organização criminosa também foi revelada. Os levantamentos apontam para a administração de centenas de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, com foco no mercado ilegal de combustíveis adulterados. A operação revela a complexidade e a extensão do esquema de lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis, evidenciando a necessidade de medidas rigorosas para combater tais práticas criminosas.