Operação em curso no Rio busca envolvidos na morte de médicos em Praia da Barra da Tijuca

Uma operação está em curso na Zona Oeste do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, com o objetivo de buscar os envolvidos no assassinato de três médicos de São Paulo na Praia da Barra da Tijuca. Os agentes do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco), Ministério Público (MPRJ) e Polícia Civil estão cumprindo cinco mandados de prisão e três de busca e apreensão relacionados ao caso.

As equipes estão concentradas na Cidade de Deus e no Presídio Elizabeth Sá Rego, no Complexo de Gericinó. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Capital e os alvos foram denunciados por homicídios dolosos e tentativa de homicídio multiple qualificados. A investigação, liderada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), já dura um ano e aponta que os assassinos foram eliminados pela cúpula do Comando Vermelho como parte de um acerto de contas.

O crime ocorreu em outubro de 2023, quando os médicos participavam de um congresso internacional e foram confraternizar em um quiosque na orla. Um dos médicos foi confundido com um miliciano monitorado pelo Comando Vermelho, o que levou à trágica confusão. Os envolvidos na execução dos médicos também são suspeitos de outros atos violentos, todos relacionados à disputa de território entre facções criminosas.

A cúpula do Comando Vermelho determinou a eliminação dos criminosos responsáveis pelos assassinatos dos médicos, resultando na morte de quatro deles horas após o crime. Desde o início de 2023, a facção intensificou suas ações em Jacarepaguá e arredores, historicamente dominadas pela milícia, com o objetivo de expandir suas atividades criminosas na região.

A expansão territorial da facção foi marcada por execuções brutais de milicianos e aliados, realizadas por uma “Equipe Sombra” sob o comando dos denunciados. A operação em andamento visa a capturar os responsáveis pelos homicídios dos médicos e desarticular a estrutura criminosa do Comando Vermelho na região. O Ministério Público do Rio de Janeiro designou um promotor para acompanhar de perto o desenrolar do caso e garantir que a justiça seja feita.

A colaboração entre as autoridades policiais e promotores de justiça é fundamental para a resolução desses crimes e a punição dos responsáveis. O objetivo é garantir a segurança da população e combater de forma eficaz os grupos criminosos que atuam no Rio de Janeiro. A sociedade aguarda por respostas e medidas concretas para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.

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Policiais da Core resgatam produtor musical de tribunal do tráfico no Caju: operação bem-sucedida no Rio de Janeiro

Policiais da Core resgatam produtor musical de ‘tribunal do tráfico’ no Caju

Policiais da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, realizaram nesta quarta-feira (25) o resgate de um produtor musical que estava sendo mantido refém no interior da comunidade do Caju, localizada na Região Portuária do Rio. O homem, residente na comunidade Rubem Vaz, no Complexo da Maré, dominada pela facção Comando Vermelho, foi descoberto e feito refém por traficantes do Terceiro Comando Puro, grupo rival que controla a favela do Caju.

Ao relatar o ocorrido aos policiais, o produtor musical mencionou que teve seus pertences roubados pelos criminosos e em seguida foi amarrado nos pés e pulsos, sendo submetido a um “tribunal do tráfico”. Durante o período em que permaneceu refém, o rapaz foi cercado por até 5 traficantes, sendo que ao menos um deles estava armado com um fuzil, conforme imagens obtidas pela TV DE.

A situação foi acompanhada pela polícia, que, com base em informações de inteligência, planejou uma operação terrestre e aérea para resgatar o produtor musical. Durante o resgate, houve um confronto com um dos criminosos, que acabou sendo baleado. O fuzil que ele portava foi apreendido pelas autoridades policiais, sendo o rapaz posteriormente encaminhado para uma unidade de saúde, onde recebeu os devidos cuidados médicos.

A ação da Polícia Civil resultou no resgate bem-sucedido do produtor musical, que estava sendo julgado pelo ‘tribunal do tráfico’. A rapidez e eficiência da equipe da Core possibilitaram a intervenção no momento oportuno para salvar a vida da vítima, demonstrando o comprometimento das forças de segurança no combate ao crime organizado nas comunidades cariocas. O caso ressalta a importância do trabalho conjunto entre as diversas instâncias policiais para garantir a segurança dos cidadãos e combater a atuação criminosa de grupos ilegais.

A sociedade civil e as autoridades locais reconhecem a relevância da atuação da Polícia Civil no resgate do produtor musical, destacando a coragem e determinação dos agentes envolvidos na operação. A população aguarda a continuidade das ações de segurança pública para coibir atividades ilícitas nas comunidades e assegurar a integridade e a tranquilidade dos moradores locais. É fundamental o apoio da população na denúncia de atividades criminosas, visando contribuir para a manutenção da ordem e da paz nas comunidades do Rio de Janeiro.

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