Nos Estados Unidos, quase 800 imigrantes foram presos na Flórida em uma operação que durou quatro dias. O Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos, conhecido como ICE, anunciou que as prisões foram realizadas em conjunto com autoridades policiais do estado da Flórida. Essa ação foi parte de uma grande operação de fiscalização imigratória envolvendo diversas agências.
O escritório do ICE em Miami descreveu a operação como “altamente bem-sucedida” e destacou que se tratou de uma parceria inovadora entre organizações estaduais e federais. A CNN tentou obter mais detalhes sobre os detidos, seu status legal e a abrangência da operação, entrando em contato com o ICE.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, elogiou a ação como um exemplo de cooperação entre o estado e o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos. Ele destacou que a Flórida tem liderado a nação no apoio ativo ao governo Trump em operações de imigração e deportação.
Essas prisões em massa ocorrem em meio à forte postura do presidente Donald Trump contra a imigração ilegal e às iniciativas do Departamento de Justiça para processar autoridades estaduais e locais que atrapalham esses esforços. Líderes republicanos na Flórida têm pressionado autoridades locais a colaborarem com o ICE, permitindo o treinamento dos agentes e a aplicação da lei de imigração dos EUA.
Por outro lado, as agências locais que se recusam a cooperar com os esforços federais para fiscalizar a imigração podem ser alvo de deportação. Mais de 200 agências policiais na Flórida assinaram acordos de cooperação com o ICE, e outras dezenas têm acordos pendentes, conforme dados do Departamento de Segurança Interna.
A tentativa do governo em criar acordos de cooperação com universidades e outras entidades na Flórida, visando aumentar o controle sobre a imigração, tem gerado preocupação entre estudantes e ativistas. Muitos temem que a atuação do ICE gere medo entre os imigrantes indocumentados a ponto de forçá-los a deixar o país.
As autoridades locais estão entre a cruz e a espada nesse cenário, pois enfrentam pressões do governo federal para cooperar com a fiscalização imigratória, mesmo que muitas delas se oponham a essas medidas. A situação é tensa e impacta diretamente a vida dos imigrantes e o funcionamento das comunidades locais.