A prisão da ‘Patroa’ foi realizada pelo Gaeco e pela Polícia Civil. Segundo as investigações, o marido da suspeita continuava a controlar a facção criminosa de dentro da cadeia por meio das ordens enviadas para a esposa. A esposa de um líder de facção foi presa por suspeita de liderar uma facção criminosa na região controlada pelo marido, no bairro Serrinha, em Fortaleza. Conhecida como “Patroa”, ela assumiu o comando do grupo após a prisão do marido, em 2023.

A detenção da mulher aconteceu durante a operação “Extramuros”, realizada pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Ceará (MPCE). O objetivo da operação era desmantelar o núcleo da facção criminosa atuante na Serrinha. No entanto, de acordo com o Ministério Público, além da ‘Patroa’, outro investigado foi preso, apontado como um dos principais comparsas dela.

A ‘Patroa’ é companheira de Francisco Anderson Rabelo da Silva, também conhecido como ‘Nem Gato’, que foi preso por porte ilegal de arma de fogo e uso de documento falso em 2023. ‘Nem Gato’ era descrito como um dos líderes do tráfico de drogas em Fortaleza, atuando para a facção Comando Vermelho (CV). Após sua prisão, a mulher teria assumido o controle da organização criminosa em nome dele.

Além disso, a mulher também era responsável pelo gerenciamento da casa de shows Nitro Dance Fest, localizada na Serrinha. A casa de shows foi alvo de uma operação policial em fevereiro deste ano, quando foi interditada por ser considerada um ponto de encontro dos membros da facção criminosa. O espaço também era utilizado para recrutar novos integrantes.

Durante a operação em fevereiro, o sócio da casa de shows, Francisco Bruno Holanda Lima, foi preso temporariamente por 30 dias. A prisão dele foi convertida em preventiva posteriormente, sem prazo definido para acabar. A interdição da casa de shows e a prisão do sócio fazem parte dos esforços para desarticular as atividades do crime organizado na região da Serrinha, em Fortaleza.