Operação federal contra crimes ambientais em Ourém: PF e Receita cumprem mandados em Belém e Marituba

Operação federal combate crimes ambientais em Ourém, no Pará

São cumpridos três mandados de busca e apreensão, um em Belém e dois em Marituba.

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal iniciaram nesta sexta-feira (06) uma operação que visa combater crimes ambientais no Pará. São cumpridos três mandados de busca e apreensão, um em Belém e dois em Marituba.

Na operação denominada como “Operação Conglomerado” são cumpridos mandados de busca e apreensão contra duas pessoas e uma empresa. Até o momento foram apreendidos dois carros de luxo, aparelhos celulares e documentos.

A investigação apura denúncia promovida na Ouvidoria do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) sobre possível crime ambiental relacionado à extração ilegal de seixo e areia na região de Ourém, nordeste paraense.

A empresa estaria envolvida na extração ilegal de minério, corrupção passiva de servidor público, sonegação de impostos e irregularidades trabalhistas.

Durante as investigações, foi constatado que a sócia principal da empresa em questão não possuía capacidade econômica para fundar a empresa, sendo beneficiária do Bolsa Família em 2023 e possuindo registro no Cadastro Único (CAD Único) do Governo Federal.

Também foi verificado no Cadastro Mineiro de Informações Geográficas da Mineração (SIGMINE) e por meio de análises no local que a empresa não possui outorga da Agência Nacional de Mineração (ANM) para exploração mineral.

A extração causou danos ambientais severos ao longo de vários anos nas áreas exploradas, no município de Ourém.

De acordo com a PF, os crimes que consistem na Lei de Crimes Ambientais são: executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida e obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais; usurpação de bem da União; e receptação qualificada, esse do Código Penal.

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Entidades do Pará unem esforços para proteção do Rio Tocantins após queda da ponte entre TO e MA: medidas de prevenção em destaque

Entidades do Pará debatem medidas de proteção socioambiental contra possível contaminação do rio Tocantins após queda de ponte entre TO e MA

No incidente, caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos caíram no rio Tocantins. Buscas de vítimas após queda da ponte entre o TO e o MA — Foto: Luiz Henrique Machado/Corpo de Bombeiros

Os Ministérios Públicos Federal (MPF) e do Estado do Pará (MPPA) realizaram reunião nesta terça-feira (24), na sede do MPPA em Marabá (PA), para alinhar medidas conjuntas de prevenção e mitigação dos efeitos do desabamento parcial da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados de Tocantins e Maranhão.

No incidente, caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos caíram no rio Tocantins, tornando necessário o monitoramento da qualidade da água em todos os estados cortados pelo rio, além de outras medidas de precaução.

A menina paraense que viajava com os avós está entre vítimas do desabamento da ponte entre TO e MA. O casal do Pará encontrado morto após desabamento da ponte viajava no caminhão junto com a neta de 11 anos.

Também participaram da reunião a Defesa Civil de Marabá, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e o Instituto Evandro Chagas (IEC).

Até o momento, não há confirmação de vazamento dos produtos tóxicos. Instituições responsáveis seguem monitorando a qualidade da água do Rio Tocantins, enquanto adotam medidas preventivas para garantir a segurança da população. Ainda não foram identificadas substâncias que representem riscos à saúde pública durante as análises realizadas.

ALERTA PARA RISCO DE CONTAMINAÇÃO

Ainda na segunda-feira (23), a prefeitura de Marabá, na região sudeste do Pará, emitiu um comunicado para que as comunidades que vivem às margens do Rio Tocantins não se aproximem da água nem façam uso dela, após a confirmação de que um caminhão carregado de ácido sulfúrico está entre os oito veículos que caíram no desabamento da ponte.

O alerta pede para que os moradores de Marabá evitem contato com a água do Rio Tocantins, por onde a ponte passava, a fim de prevenir possíveis contaminações, como queimaduras, intoxicações e outros problemas relacionados ao elemento químico considerado altamente perigoso.

O comunicado afirma que equipes do Corpo de bombeiros, Defesa Civil e outras autoridades estão avaliando e monitorando a situação e pede para que a população aguarde novas orientações.

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