A DE deflagrou uma operação fiscal contra empresários e contadores suspeitos de cometer fraudes no comércio de cosméticos no DF. A investigação apontou que o grupo teria sonegado mais de R$ 18 milhões em impostos ao criar empresas fictícias de maquiagem em série para evitar o pagamento de ICMS.

Os suspeitos, quando acumulavam dívidas, abriam novos CNPJs no mesmo endereço e transferiam os antigos para pessoas “laranjas”, enquanto registravam falsamente as sedes das empresas em coworkings. Além disso, foram encontrados carros de luxo e imóveis de alto padrão registrados em nome de terceiros, demonstrando um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro.

Durante a Operação Makeup, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversas cidades, como Vicente Pires, Ceilândia, Águas Claras, Sudoeste, Taguatinga e Park Way. Os alvos incluíram distribuidoras, escritórios de contabilidade e residências dos investigados, com o objetivo de reunir provas para o processo judicial.

A Justiça determinou o bloqueio de bens e valores dos envolvidos, visando garantir o ressarcimento do montante sonegado. Os suspeitos podem enfrentar acusações que vão desde organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal a falsidade ideológica, resultando em penas que somadas podem totalizar até 26 anos de prisão.

O nome da operação, Makeup, foi escolhido em referência aos produtos comercializados pelas empresas envolvidas no esquema fraudulento. A DE continua investigando o caso e buscando mais informações sobre a extensão do esquema, bem como outras possíveis ramificações e envolvidos.

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