Operação Geminus apura desvio de dinheiro em Itaguaru

A Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) realizou na manhã desta terça-feira (20), a Operação Geminus, na qual foram cumpridos 08 mandados judiciais de busca e apreensão em empresas e residências do município de Itaguaru, investigadas por desvio de dinheiro público e outros crimes relacionados. Segundo a Deccor, os crimes ocorreram na Administração da cidade em 2019 e 2020.

A polícia investiga um possível desvio de recursos públicos através da adulteração do preenchimento de cheques destinados ao cumprimento de contratos municipais. Os cheques eram preenchidos nominalmente à empresa contratada para fins de prestação de contas, mas, posteriormente, eram nominados e destinados a outra empresa pelos investigados, que não possuía contrato com o Município.

“Apreendemos computadores, documentos fiscais e contábeis, notas fiscais, contratos. É uma cidade pequena, de pouco mais de 5 mil habitantes, e causou estranheza o modus operandis de como era realizado o desvio”, afirma a delegada Érica Botrel, titular da Deccor.

Em um dos casos sob investigação, verificou-se que uma empresa utilizada no esquema possuía contratos de fornecimento com o município de Itaguaru. Os contratos totalizaram o valor de R$ 1.177.455,10 (um milhão, cento e setenta e sete mil, quatrocentos e cinquenta e cinco reais e dez centavos).

Em outro caso, há indícios de que um cheque emitido pela Prefeitura teria sido desviado para a conta de uma empresa distribuidora de combustíveis de Senador Canedo para pagar o fornecimento de combustíveis a um posto de propriedade de um ex-prefeito e da ex-primeira-dama na época. O montante total desviado no esquema ainda está sendo apurado.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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